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02/03/2001 - 19h32

Presidente da Liga defende mudança na escolha dos jurados do Carnaval

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da Folha de S.Paulo

O presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio (Liesa), Luiz Pacheco Drumond, disse hoje que é a favor da mudança no processo de escolha dos jurados para os desfiles de carnaval carioca.

A afirmação foi feita depois de uma série de críticas de que Drumond teria favorecido o tricampeonato da Imperatriz Leopoldinense, escola da qual é o patrono.

Pelo regulamento atual, o presidente da liga tem total poder para escolher e excluir os jurados. "Se é essa a polêmica, sou a favor de uma mudança. Até para preservar os próximos presidentes da liga", disse, durante entrevista coletiva.

Drumond, no entanto, não sugeriu qual modelo poderia ser adotado, a exemplo da escolha dos jurados pela secretaria municipal de Cultura.

Luizinho Drumond afirmou que, após as suspeitas de favorecimento, desistiu de candidatar-se novamente à presidência da Liesa. "Antes eu não queria, mas até poderia ser candidato. Hoje isso está fora de cogitação", disse.

Drumond está na presidência da liga desde abril de 98 e foi reeleito para um segundo mandato, que termina em abril. Durante os três carnavais desse período, a Imperatriz foi tricampeã.

"Mas em 94 e 95 eu estava preso, não podia nem ver os desfiles pela televisão no presídio, e a escola foi bicampeã", disse, referindo-se ao tempo em que foi condenado por formação de quadrilha armada, ao lado de outros bicheiros do Rio.

Drumond disse que os 38 jurados do desfile deste ano foram escolhidos por notório saber, no quesito que julgaram. Ele afirmou que todas as escolas de samba têm direito a vetar jurados considerados tendenciosos. "Nesse ano, as próprias escolas tiraram 12 jurados porque eles frequentavam assiduamente a quadra de outras escolas", disse.

O carnavalesco Joãosinho Trinta, da Grande Rio, foi um dos que mais criticaram o sistema, após a vitória da Imperatriz. "Não há desonestidade. Mas um jurado, quando é convidado pelo presidente da liga, fica lhe devendo uma deferência. Evita tirar um ponto da escola do presidente porque sabe que não voltará a julgar no ano seguinte. E todos querem voltar porque ser jurado significa ter cachê, notoriedade e mordomias no sambódromo", disse Joãosinho Trinta.
 

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