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13/06/2000
-
18h20
RAFAEL GARCIA
repórter da Folha Online
Os professores e funcionários das Fatecs (Faculdades de Tecnologia) e ETEs (escolas técnicas estaduais) decidiram encerrar a greve do setor depois de 48 dias de paralisação.
Segundo a presidente do Sinteps (sindicato que reúne a categoria), Sílvia Elena de Lima, a baixa adesão ao movimento foi principal fator que levou ao fim da greve. A diretoria do sindicato era contra a decisão.
A assembléia realizada na tarde desta terça-feira (13), na escola Rubens de Faria e Souza, em Sorocaba, reuniu apenas 100 dos mais de 8.000 funcionários do Centro Paula Souza, que congrega as Fatecs e ETEs.
A paralisação, que atingiu cerca de 70% da categoria em seu ápice, estava com um índice de apenas 15% nos últimos dias.
"Com a adesão baixa, a pressão sobre os funcionários em greve aumenta. Os diretores ameaçaram descontar os dias parados nos salários e estavam culpando os professores pela baixa procura nos vestibulinhos das ETEs, o que não aconteceu", diz Sílvia.
O fim da greve ocorreu após uma queda-de-braço entre os funcionários e a Secretaria de Ciência e Tecnologia, que não concedeu nenhum reajuste salarial.
Os grevistas, que tentavam negociar apoiados nas reivindicações da greve das universidades, alegavam ter perdas salariais de 51% e não receberam nenhuma contraproposta do governo.
A única vitória do movimento foi o adiamento da votação do projeto de lei que desvincula o Centro Paula Souza da Unesp (Universidade Estadual Paulista). A proposta volta à pauta da Assembléia Legislativa em agosto.
A manutenção do vínculo é apoiada também pelos alunos, que realizaram protestos e participaram da greve.
Docentes e alunos afirmam que o projeto prejudicaria a qualidade de ensino, que deixaria de ter um caráter pedagógico para transformar em "treinamento profissional". Segundo eles, a parceria da Unesp facilita a realização de pesquisa e projetos de extensão.
Apesar do fim da greve, as aulas só devem voltar ao normal dentro de dois ou três dias, já que as escolas têm de emitir comunicado aos alunos.
Nas Fatecs a maior parte dos professores já havia voltado ao trabalho há duas semanas. A Adfatec, dissidência do Sinteps que representa só os docentes das faculdades, saiu da greve há duas semanas.
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Termina greve nas Fatecs e escolas técnicas de São Paulo
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Os professores e funcionários das Fatecs (Faculdades de Tecnologia) e ETEs (escolas técnicas estaduais) decidiram encerrar a greve do setor depois de 48 dias de paralisação.
Segundo a presidente do Sinteps (sindicato que reúne a categoria), Sílvia Elena de Lima, a baixa adesão ao movimento foi principal fator que levou ao fim da greve. A diretoria do sindicato era contra a decisão.
A assembléia realizada na tarde desta terça-feira (13), na escola Rubens de Faria e Souza, em Sorocaba, reuniu apenas 100 dos mais de 8.000 funcionários do Centro Paula Souza, que congrega as Fatecs e ETEs.
A paralisação, que atingiu cerca de 70% da categoria em seu ápice, estava com um índice de apenas 15% nos últimos dias.
"Com a adesão baixa, a pressão sobre os funcionários em greve aumenta. Os diretores ameaçaram descontar os dias parados nos salários e estavam culpando os professores pela baixa procura nos vestibulinhos das ETEs, o que não aconteceu", diz Sílvia.
O fim da greve ocorreu após uma queda-de-braço entre os funcionários e a Secretaria de Ciência e Tecnologia, que não concedeu nenhum reajuste salarial.
Os grevistas, que tentavam negociar apoiados nas reivindicações da greve das universidades, alegavam ter perdas salariais de 51% e não receberam nenhuma contraproposta do governo.
A única vitória do movimento foi o adiamento da votação do projeto de lei que desvincula o Centro Paula Souza da Unesp (Universidade Estadual Paulista). A proposta volta à pauta da Assembléia Legislativa em agosto.
A manutenção do vínculo é apoiada também pelos alunos, que realizaram protestos e participaram da greve.
Docentes e alunos afirmam que o projeto prejudicaria a qualidade de ensino, que deixaria de ter um caráter pedagógico para transformar em "treinamento profissional". Segundo eles, a parceria da Unesp facilita a realização de pesquisa e projetos de extensão.
Apesar do fim da greve, as aulas só devem voltar ao normal dentro de dois ou três dias, já que as escolas têm de emitir comunicado aos alunos.
Nas Fatecs a maior parte dos professores já havia voltado ao trabalho há duas semanas. A Adfatec, dissidência do Sinteps que representa só os docentes das faculdades, saiu da greve há duas semanas.
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