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14/03/2001 - 20h46

PT não descarta discutir 6ª CPI na Câmara de SP para investigar o lixo

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FABIANE LEITE
da Folha Online

O PT não descarta discutir a criação de uma sexta CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal de São Paulo, possivelmente para apurar denúncias de irregularidades nos contratos emergenciais de limpeza da prefeitura, proposta defendida por partidos de oposição como o PSDB.

Cinco CPIs já funcionam na Câmara, número máximo permitido de acordo com o regimento interno do órgão.

Ontem, o vereador Salim Curiati (PPB) apresentou requerimento para uma CPI sobre os contratos emergenciais após denúncia de que uma das empresas chamadas emergencialmente para efetuar serviços de limpeza urbana na cidade, pertencente a um ex-militante do PT, teria enriquecido por suposto favorecimento em outras administrações do partido.

O líder do PT´, José Mentor, disse que o assunto será discutido e avaliado pela bancada.

O presidente da Casa, José Eduardo Cardozo (PT) afirmou que juridicamente o ideal seria a mudança do regimento para a criação de uma sexta CPI.


No entanto, de acordo com ele, um acordo dos líderes do partido pode permitir a sexta CPI sem alteração das regras da Câmara.


Para o líder do PT, Carlos Neder, não há necessidade da criação da CPI sobre os contratos de limpeza porque não há um fato a ser investigado. Ele afirmou, no entanto, que se a hipótese for levada adiante, o pedido de CPI do lixo, apresentado antes por uma vereadora do PT, Aldaíza Sposati, tem preferência.

O requerimento de Aldaíza pede investigação sobre os contratos de limpeza desde 1998.

Manobra

O PT "manobrou" na Câmara para evitar que dois secretários municipais, Arlindo Chinaglia e Walter Rasmussen Júnior, responsáveis respectivamente pelas secretarias de Implementação das Subprefeituras e Infra-Estrutura, fossem convocados a dar explicações sobre os contratos na Câmara por meio de um requerimento do líder do PMDB, Carlos Apolinário.

Neder apresentou um outro requerimento, que foi aprovado, já que o partido tem maioria na Casa, convidando os dois secretários para o dia 20, às 13h, e com a garantia de que eles comparecerão.

Com a proposta realizada por meio de convite, o PT ameniza o peso de uma convocação, que é obrigatória, e tenta mostrar que está disposto a colaborar com as investigações. "Nossos secretários são diferentes dos da gestão Maluf e Pitta (ex-prefeito de São Paulo), que saíam daqui de camburão (veículo policial)", disse Neder.
 

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