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14/06/2000 - 16h31

TJ-SP nega recurso de advogados de defesa do promotor Igor

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LUANA GARCIA, repórter da Folha Online

O Órgão Especial do TJ-SP (Tribunal de Justiça) negou em julgamento nesta quarta-feira (14) um agravo regimental (recurso) dos advogados de defesa do promotor Igor Ferreira da Silva, acusado de matar sua mulher, a advogada Patrícia Aggio Longo, grávida de oito meses, em Atibaia (interior de São Paulo), em 1998.

No recurso, os advogados do promotor, Márcio Thomaz Bastos e Dora Cavalcanti, pediam para que o TJ reconsiderasse o parecer emitido no dia 22 de maio pelo desembargador José Osório, responsável pelo caso, que impedia a realização de outro exame de DNA a partir de uma nova exumação do cadáver de Patrícia.

Com isso, continua valendo o laudo oficial emitido pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo).

O Órgão Especial é composto pelos 25 desembargadores mais antigos do Tribunal de Justiça da capital. Segundo a assessoria de imprensa do TJ-SP, o desembargador José Osório estava presente no julgamento.

Uma das assessoras do Tribunal de Justiça informa que, se não houverem outras considerações por parte da promotoria e da defesa, Igor Ferreira da Silva será julgado em breve. Ainda não há uma data definida mas, ainda de acordo com a assessoria, o promotor também será julgado pelo Órgão Especial do TJ-SP.

Os advogados de defesa de Igor, Márcio Thomaz Bastos e Dora Cavalcanti, não foram localizados pela reportagem da Folha Online.

Crime

Os advogados de defesa do promotor contestam o laudo oficial a partir de dois novos exames de laboratório. Eles apontariam, entre outras falhas, um erro no código genético de Igor, ou seja, a partir do laudo oficial, Igor não seria ele mesmo.

Além disso, o resultado da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, apontaria que Igor não seria o pai da criança que Patrícia estava esperando.

Esse exame, também pedido pelos advogados de defesa do promotor, Márcio Thomaz Bastos e Dora Cavalcanti, acabou se transformando no principal eixo da acusação, pois, a partir dele, poderia-se concluir que o promotor teria matado a esposa ao descobrir que não era o pai do bebê.

O laudo oficial foi baseado em uma comparação do DNA (código genético) do promotor, de Patrícia e da criança. Características genéticas de Igor que, obrigatoriamente, deveriam constar no código genético da criança não foram encontradas pelos peritos, o que excluiu, segundo eles, a paternidade.

Patrícia foi assassinada na noite de 4 de junho de 1998, com dois tiros na cabeça, quando ia para casa, em Atibaia, junto com promotor. Silva alegou que o carro foi interceptado por um assaltante que o fez descer, seqüestrou Patrícia e a assassinou minutos depois.

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