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28/03/2001 - 01h48

Crianças criadas por lavradora serão entregues a famílias substitutas

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JAIRO MARQUES
da Agência Folha

As cinco crianças e os dois adolescentes que eram criados pela lavradora Graciete Silva, acusada de ocultar três cadáveres de bebês no terreno de um sítio, em Caxias (MA), deverão ser entregues a famílias substitutas, segundo a Justiça.

Com lesões por todo o corpo e apresentando desnutrição, as crianças estão provisoriamente sobre a guarda da Promotoria da Infância e da Juventude do município.

Na semana passada, a polícia descobriu _no terreno em que a lavradora vivia com as crianças e dois adolescentes_ três ossadas de bebês, que estão sendo examinadas em São Luís.

Os ossos foram descobertos depois que F.S., 17, filha de Graciete Silva, denunciou a mãe por maus-tratos. A adolescente teria dito que a mãe matava crianças. No sítio, foram encontrados materiais que serviriam para fazer abortos, seringas, objetos religiosos e 21 fotos de crianças.

De acordo com a delegada que conduz o inquérito sobre o caso, Karla Simone Barbosa Saraiva, a lavradora teria matado as três crianças por sadismo, mas a polícia também está trabalhando com o uso de bebês em supostos rituais religiosos e para o tráfico.

"Ouvimos testemunhas que disseram que ela matava os bebês de fome. As crianças que estavam com ela foram encontradas em alto grau de desnutrição, o que nos leva a pensar em sadismo", afirmou a delegada, que deverá concluir o inquérito até sexta-feira.

Graciete Silva, que está presa provisoriamente, nega que tenha feito abortos e afirma que fazia trabalhos como parteira. Os bebês encontrados no terreno do sítio teriam morrido após partos malsucedidos. Em relação as fotos encontradas na casa, ela declarou que são afilhados e filhos de criação.
 

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