Publicidade
Publicidade
15/06/2000
-
19h22
da Folha de S.Paulo
Professores ouvidos pela Folha afirmam que o desfecho da greve foi positivo, apesar da situação ainda estar longe do ideal.
"O ganho não é o que os professores pediam, mas temos que pensar a longo prazo", afirma o professor de economia da USP, Heron do Carmo.
"Acho precoce comparar com os melhores salários das particulares. Não dá para garantir que no futuro vá continuar", disse ele.
"Onde você vai fazer pesquisa no Brasil? A particular não faz." É fundamental que se resguarde a universidade pública", disse.
Para o professor e filósofo Roberto Romano, da Unicamp, o docente acaba suportando o salário baixo para não se render às más condições de trabalho das universidades privadas.
"Na iniciativa privada, o professor dará 40 aulas semanais, não disporá de instâncias de discussão e terá um déspota mandando nele", afirmou Romano.
Para Márcio Pochmann, professor do Instituto de Economia da Unicamp, a greve dos professores teve dois desfechos positivos. "Poucas categorias no Brasil tiveram aumento de 15%". Além disso, por causa da greve, toda a sociedade passou a discutir a crise da universidade pública", diz.
Para o professor Rubem Alves, aposentado da Faculdade de Educação da Unicamp, as condições salariais são muito ruins. "É preciso ter uma base mínima de dignidade. Quando entrei na Unicamp, em 1974, o professor tinha fama de rico. Hoje é essa situação deplorável", disse Alves.
Leia mais sobre a greve no ensino público na Folha Online
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
Professores universitários afirmam que desfecho de greve foi positivo
Publicidade
Professores ouvidos pela Folha afirmam que o desfecho da greve foi positivo, apesar da situação ainda estar longe do ideal.
"O ganho não é o que os professores pediam, mas temos que pensar a longo prazo", afirma o professor de economia da USP, Heron do Carmo.
"Acho precoce comparar com os melhores salários das particulares. Não dá para garantir que no futuro vá continuar", disse ele.
"Onde você vai fazer pesquisa no Brasil? A particular não faz." É fundamental que se resguarde a universidade pública", disse.
Para o professor e filósofo Roberto Romano, da Unicamp, o docente acaba suportando o salário baixo para não se render às más condições de trabalho das universidades privadas.
"Na iniciativa privada, o professor dará 40 aulas semanais, não disporá de instâncias de discussão e terá um déspota mandando nele", afirmou Romano.
Para Márcio Pochmann, professor do Instituto de Economia da Unicamp, a greve dos professores teve dois desfechos positivos. "Poucas categorias no Brasil tiveram aumento de 15%". Além disso, por causa da greve, toda a sociedade passou a discutir a crise da universidade pública", diz.
Para o professor Rubem Alves, aposentado da Faculdade de Educação da Unicamp, as condições salariais são muito ruins. "É preciso ter uma base mínima de dignidade. Quando entrei na Unicamp, em 1974, o professor tinha fama de rico. Hoje é essa situação deplorável", disse Alves.
Leia mais sobre a greve no ensino público na Folha Online
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice