Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/06/2000 - 19h41

Liminar dá 15 dias para reposição de aula em SP ser acertada

Publicidade

CAMILA TOSELLO, da Folha de S.Paulo

O governo do Estado de São Paulo e a Apeoesp (sindicato dos professores) são, a partir de hoje (15), responsáveis por lei pela reposição das aulas perdidas durante os 44 dias da greve dos professores de ensino básico terminada ontem.

O impasse armado entre o Estado, que descontou os dias parados, e os professores, que diziam só repor as aulas se elas fossem pagas, foi resolvido pela Justiça.

Uma liminar concedida hoje pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude de Pinheiros, Rodrigo Lobato Junqueira Enout, determina que nos próximos 15 dias Apeoesp e governo do Estado devem tomar as providências necessárias para a reposição das aulas perdidas, além de comunicar como isso será feito.

Os promotores de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude da capital Motauri Ciocchetti de Souza e Silvana Buogo foram responsáveis pela ação.

"Quem impedir a reposição vai ter que se responsabilizar administrativamente, civil e criminalmente. Havia uma briga política e os alunos prejudicados estavam sendo ignorados", disse Souza.

O pedido final da ação, além da medida emergencial (liminar), condena a Apeoesp e o governo a indenizar os alunos da rede estadual que sofreram prejuízos em decorrência da greve.

Com relação à indenização, a recomendação de Souza é de que os pais documentem o prejuízo sofrido durante a greve. "Quando a ação for julgada, eles poderão entrar com o pedido de indenização. É recomendável esperar", disse.

"A ação é incoerente porque os 200 dias letivos sempre foram cumpridos pelos professores. Concordamos com a reposição desde que o governo não desconte os dias parados e que o calendário seja discutido pelo conselho de escola", afirmou Luiz Cláudio de Lima, diretor da Apeoesp.

Governo
A assessoria de imprensa do governador Mário Covas informou que o governo só vai se pronunciar após a notificação oficial da liminar. Até a conclusão desta edição, a Secretaria da Educação não havia atendido a reportagem.

Hebe Tolosa, presidente da Associação de Pais e Alunos das Escolas do Estado de São Paulo, aprovou a decisão da Justiça. "A lei tem que ser cumprida. Mas lamento a falta de diálogo do governo com o magistério."

A associação vai recomendar que os pais entrem com pedido de indenização e, caso seja necessário, vai colocar seu departamento jurídico à disposição.

Leia mais sobre a greve no ensino público na Folha Online

Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online

Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página