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30/03/2001
-
16h19
MILENA BUOSI
da Folha Online
Os cerca de 22 mil funcionários do sistema penitenciário do Estado de São Paulo decidiram, em assembléia realizada nesta tarde, entrar em greve a partir da próxima quinta-feira por tempo indeterminado.
Segundo agentes penitenciários, serão mantidos apenas serviços básicos como alimentação e saúde.
A determinação do sindicato da categoria é que os funcionários entrem nas unidades prisionais, batam ponto mas não executem seus trabalhos.
Não serão recebidas visitas, "jumbo" (comida levada pelos familiares), advogados e integrantes de igrejas. Os funcionários não levarão presos aos fóruns e não receberão novos detentos nos presídios.
Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial, diminuição da carga horária, aposentadoria especial, plano de carreira e melhores condições de trabalho.
Protesto
Cerca de 200 agentes penitenciários realizaram uma manifestação na manhã de hoje na porta da Secretaria da Administração Penitenciária, no centro da capital paulista, com a participação de parlamentares, como o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e o deputado Wagner Lino (PT).
Alguns integrantes do sindicato foram recebidos pelo secretário-adjunto José Rolim Neto. Segundo um dos diretores do sindicato, Otávio Cesar Berthault, Rolim Neto recusou-se a conceder reajuste salarial.
"Ele foi taxativo e negou quase todas as nossas reivindicações. Estamos tentando negociar há 18 meses", disse.
A assessoria da secretaria informou que foi criada no último dia 20 uma comissão formada por integrantes do sindicato dos funcionários e da própria secretaria para elaborar um plano de aumento de salário. Segundo a secretaria, essa comissão depende de uma resposta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
A secretaria disse ainda que Rolim Neto se comprometeu a enviar uma proposta à Assembléia Legislativa sobre aposentadoria especial. Em relação à redução da jornada de trabalho, ficou decidido que os funcionários terão 10 folgas anuais contra as 9 folgas concedidas atualmente.
Os agentes exigiram ainda redução do número de presos por unidade e a contratação de mais funcionários. A secretaria informou que o governo já anunciou a desativação da Casa de Detenção e a transferência de seus cerca de 7.200 presos para 11 novos presídios, e que foi aberto concurso público há uma semana para a contratação de 1.560 agentes penitenciários.
A secretaria ainda não tem informação se o governo tomará alguma medida para tentar evitar a greve.
Leia especial sobre presídios
Agentes penitenciários decretam greve a partir da próxima quinta
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da Folha Online
Os cerca de 22 mil funcionários do sistema penitenciário do Estado de São Paulo decidiram, em assembléia realizada nesta tarde, entrar em greve a partir da próxima quinta-feira por tempo indeterminado.
Segundo agentes penitenciários, serão mantidos apenas serviços básicos como alimentação e saúde.
A determinação do sindicato da categoria é que os funcionários entrem nas unidades prisionais, batam ponto mas não executem seus trabalhos.
Não serão recebidas visitas, "jumbo" (comida levada pelos familiares), advogados e integrantes de igrejas. Os funcionários não levarão presos aos fóruns e não receberão novos detentos nos presídios.
Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial, diminuição da carga horária, aposentadoria especial, plano de carreira e melhores condições de trabalho.
Protesto
Cerca de 200 agentes penitenciários realizaram uma manifestação na manhã de hoje na porta da Secretaria da Administração Penitenciária, no centro da capital paulista, com a participação de parlamentares, como o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e o deputado Wagner Lino (PT).
Alguns integrantes do sindicato foram recebidos pelo secretário-adjunto José Rolim Neto. Segundo um dos diretores do sindicato, Otávio Cesar Berthault, Rolim Neto recusou-se a conceder reajuste salarial.
"Ele foi taxativo e negou quase todas as nossas reivindicações. Estamos tentando negociar há 18 meses", disse.
A assessoria da secretaria informou que foi criada no último dia 20 uma comissão formada por integrantes do sindicato dos funcionários e da própria secretaria para elaborar um plano de aumento de salário. Segundo a secretaria, essa comissão depende de uma resposta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
A secretaria disse ainda que Rolim Neto se comprometeu a enviar uma proposta à Assembléia Legislativa sobre aposentadoria especial. Em relação à redução da jornada de trabalho, ficou decidido que os funcionários terão 10 folgas anuais contra as 9 folgas concedidas atualmente.
Os agentes exigiram ainda redução do número de presos por unidade e a contratação de mais funcionários. A secretaria informou que o governo já anunciou a desativação da Casa de Detenção e a transferência de seus cerca de 7.200 presos para 11 novos presídios, e que foi aberto concurso público há uma semana para a contratação de 1.560 agentes penitenciários.
A secretaria ainda não tem informação se o governo tomará alguma medida para tentar evitar a greve.
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