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16/06/2000
-
04h40
SERGIO TORRES, da Folha de S.Paulo
O Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PM decidiu afastar ontem o soldado Marcelo Oliveira dos Santos, 27, por tempo indeterminado do serviço policial. Segundo avaliação médica, Santos sofre de depressão, agravada, possivelmente, pelo fracasso da ação no Jardim Botânico.
Santos é um dos principais personagens da malsucedida ação policial montada na segunda-feira para deter Sandro do Nascimento. Quando o episódio se encaminhava para o desfecho, Santos atacou Nascimento. Os dois tiros que disparou não acertaram o criminoso. Um deles atingiu o queixo da refém Geísa Gonçalves. Baleada mais três vezes por Nascimento, ela morreu.
O licenciamento de Santos foi decidido pelo tenente-coronel José de Oliveira Penteado, comandante do Bope.
Ontem de manhã, o soldado foi levado ao Hospital da PM, onde se submeteu a avaliações psicológica, psiquiátrica e clínica. Os médicos recomendaram o afastamento do soldado até que haja uma melhora em seu quadro.
Santos, lotado no Bope há quase quatro anos, deixou ontem o quartel e voltou para casa. Ele deverá comparecer regularmente ao Hospital da PM para se submeter a tratamento.
Desde segunda-feira o soldado exercia somente serviços internos. Seu estado, nos últimos dias, alarmava os colegas da unidade.
O coronel Penteado disse na terça-feira que Santos estava "deprimido" e "cabisbaixo". Afirmou ainda que todos no Bope estavam preocupados com ele, que não se alimentava e falava muito pouco.
Além de ter contribuído para a morte da refém, Santos, segundo a Folha apurou em conversa com policiais do Bope, está se culpando pela incriminação de cinco colegas na morte de Nascimento.
Nascimento foi morto dentro do veículo que o levava para o hospital. O exame cadavérico indicou que ele morreu asfixiado.
Um capitão e quatro soldados do Bope estavam no camburão. O governador Anthony Garotinho (PDT) e o secretário de Estado da Segurança, Josias Quintal, os acusaram de matar Nascimento.
Na avaliação de Santos, se tivesse acertado os dois tiros em Nascimento, a jovem estaria viva e os cinco colegas de unidade não seriam acusados de nada.
No depoimento prestado na noite de segunda-feira, Santos ainda não sabia que errara os tiros. A delegada Martha Rocha, que preside o inquérito, deverá interrogá-lo novamente.
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Deprimido, atirador é afastado da PM
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O Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PM decidiu afastar ontem o soldado Marcelo Oliveira dos Santos, 27, por tempo indeterminado do serviço policial. Segundo avaliação médica, Santos sofre de depressão, agravada, possivelmente, pelo fracasso da ação no Jardim Botânico.
Santos é um dos principais personagens da malsucedida ação policial montada na segunda-feira para deter Sandro do Nascimento. Quando o episódio se encaminhava para o desfecho, Santos atacou Nascimento. Os dois tiros que disparou não acertaram o criminoso. Um deles atingiu o queixo da refém Geísa Gonçalves. Baleada mais três vezes por Nascimento, ela morreu.
O licenciamento de Santos foi decidido pelo tenente-coronel José de Oliveira Penteado, comandante do Bope.
Ontem de manhã, o soldado foi levado ao Hospital da PM, onde se submeteu a avaliações psicológica, psiquiátrica e clínica. Os médicos recomendaram o afastamento do soldado até que haja uma melhora em seu quadro.
Santos, lotado no Bope há quase quatro anos, deixou ontem o quartel e voltou para casa. Ele deverá comparecer regularmente ao Hospital da PM para se submeter a tratamento.
Desde segunda-feira o soldado exercia somente serviços internos. Seu estado, nos últimos dias, alarmava os colegas da unidade.
O coronel Penteado disse na terça-feira que Santos estava "deprimido" e "cabisbaixo". Afirmou ainda que todos no Bope estavam preocupados com ele, que não se alimentava e falava muito pouco.
Além de ter contribuído para a morte da refém, Santos, segundo a Folha apurou em conversa com policiais do Bope, está se culpando pela incriminação de cinco colegas na morte de Nascimento.
Nascimento foi morto dentro do veículo que o levava para o hospital. O exame cadavérico indicou que ele morreu asfixiado.
Um capitão e quatro soldados do Bope estavam no camburão. O governador Anthony Garotinho (PDT) e o secretário de Estado da Segurança, Josias Quintal, os acusaram de matar Nascimento.
Na avaliação de Santos, se tivesse acertado os dois tiros em Nascimento, a jovem estaria viva e os cinco colegas de unidade não seriam acusados de nada.
No depoimento prestado na noite de segunda-feira, Santos ainda não sabia que errara os tiros. A delegada Martha Rocha, que preside o inquérito, deverá interrogá-lo novamente.
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