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04/04/2001 - 21h09

Estados ricos têm de melhorar acesso de crianças à pré-escola

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da Folha de S.Paulo

Os Estados com os melhores indicadores sociais no Brasil ainda precisam dar uma resposta para o problema do acesso das crianças de 5 e 6 anos à pré-escola.

Esse é um dos poucos indicadores em que os resultados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina ficam bem abaixo dos encontrados no Nordeste, segundo estudo do IBGE divulgado hoje.

O Estado do Rio Grande do Sul chega a apresentar a menor taxa de escolarização entre todos os Estados, com 57,2%.

Em São Paulo, a taxa de escolarização nessa faixa etária subiu de 53,9%, em 1992, para 71,3%, em 1999. Apesar do avanço, não foi suficiente para alcançar Estados do Nordeste, como Maranhão (80,7% de escolarização entre 5 e 6 anos), Piauí (73,4%), Ceará (83,3%), Rio Grande do Norte (84,4%) e Sergipe (81,3%).

Em São Paulo, mesmo numa das regiões mais movimentadas da cidade, é possível encontrar crianças nessa idade fora da escola. Na favela do Gato, que fica nas margens da marginal Tietê, próxima do rio Tamanduateí, a dona de casa Rosenilda Pimenta, 34, não conseguiu matricular dois de seus filhos, de 4 e 6 anos de idade, na escola.
Ela afirma que tentou matricular Adriano, 6, e Fernando, 4, mas não conseguiu. "A mulher da escola disse que ia ligar, mas não ligou", diz Rosenilda.

As mães que moram na favela afirmam, no entanto, que o maior problema do local é o acesso à creche. "É quase impossível matricular um filho em creche pública aqui perto. Já tentei até na da LBV (Legião da Boa Vontade), mas nem lá eu consegui", diz Francelina de Almeida, 29.

No ano passado, Francelina não conseguiu vaga na pré-escola para sua filha Emilie, 5. Neste ano, Emilie conseguiu se matricular em uma Emei (Escola Municipal de Educação Infantil).

Uma das explicações para a melhor escolarização dos Estados do Nordeste é que, nessas unidades da Federação, houve um crescimento da rede assistencialista das comunidades locais.

Além disso, por ser uma região mais pobre, as mães têm mais necessidade de deixar os filhos na escola para que possam trabalhar e aumentar a renda.

O indicador de escolarização não leva em conta a qualidade do serviço prestado.
 

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