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11/04/2001
-
03h40
da Folha de S.Paulo
O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PTB), diz ter saneado as finanças públicas nos primeiros cem dias de governo.
Comparando a reconstrução financeira a uma lipoaspiração, Maia afirmou que, retiradas as gorduras orçamentárias, a cidade está pronta para a implantação de suas promessas de campanha.
Folha - Qual o principal ponto positivo de sua administração nestes primeiros cem dias?
Cesar Maia - A reconstrução financeira. Ela se deu em um prazo mais rápido do que eu imaginava. Eu realizei uma lipoaspiração profunda, brutal, e encontrei o osso mais ou menos no mesmo lugar que tinha deixado no meu primeiro governo, embora muito coberto de gordura. Isso me permitiu, em menos de três meses, ter a situação financeira da prefeitura absolutamente confortável, flexível e sob controle. Agora eu tenho toda a condição para realizar os programas. Isso nos dá uma flexibilidade muito grande para dizer "vou fazer" e fazer. O problema agora é a eficácia e a eficiência da implementação, que depende da capacidade gerencial. Mas tudo é secundário diante da reconstrução financeira.
Folha - Qual a maior dificuldade da administração neste período?
Maia - A maior dificuldade foi retomar os programas de desenvolvimento gerencial. As estruturas piramidais de organização não funcionam mais. Os governos têm de tornar planas as estruturas burocráticas e piramidais, reduzindo a hierarquia e promovendo a descentralização. Esses programas, que eu comecei em 1993, foram basicamente abandonados nos últimos dois anos. Isso gera no servidor um descrédito em relação à continuidade e à administração profissional. Então, temos de retomar a confiança do servidor e restabelecer a reestruturação gerencial. Isso vai demorar um pouquinho mais. Talvez se complete só no final deste ano.
Folha - O que, na sua opinião, o sr. deixou de fazer nestes cem dias e frustrou os eleitores?
Maia - Os meus eleitores me conhecem. Eles sabem que eu não sou apressado e sou cumpridor. Eles estão acostumados com um prefeito que não se submete às pressões. Eles podem ficar com a cartilha na mão. Tudo vai ser implementado.
Folha - Até o final de seu mandato, quais são as principais realizações pretendidas? Como arrumar recursos para isso?
Maia - Vamos falar em vetores. O primeiro é administrativo e financeiro. O segundo, de integração social. O terceiro, a questão da violência. O quarto, do desenvolvimento. O quinto, a questão espacial, a reforma urbana dos bairros e das favelas. O Rio Cidade volta em novo patamar. Daqui a dois anos, você vai chegar a Bangu como se estivesse no centro de Amsterdã. O Favela Bairro volta ao leito original de integração, urbanização, serviços sociais, geração de renda. Tem dinheiro do BID e da Caixa, mas, basicamente, o recurso é nosso.
Em cem dias, Cesar Maia afirma ter reorganizado finanças do Rio
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O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PTB), diz ter saneado as finanças públicas nos primeiros cem dias de governo.
Comparando a reconstrução financeira a uma lipoaspiração, Maia afirmou que, retiradas as gorduras orçamentárias, a cidade está pronta para a implantação de suas promessas de campanha.
Folha - Qual o principal ponto positivo de sua administração nestes primeiros cem dias?
Cesar Maia - A reconstrução financeira. Ela se deu em um prazo mais rápido do que eu imaginava. Eu realizei uma lipoaspiração profunda, brutal, e encontrei o osso mais ou menos no mesmo lugar que tinha deixado no meu primeiro governo, embora muito coberto de gordura. Isso me permitiu, em menos de três meses, ter a situação financeira da prefeitura absolutamente confortável, flexível e sob controle. Agora eu tenho toda a condição para realizar os programas. Isso nos dá uma flexibilidade muito grande para dizer "vou fazer" e fazer. O problema agora é a eficácia e a eficiência da implementação, que depende da capacidade gerencial. Mas tudo é secundário diante da reconstrução financeira.
Folha - Qual a maior dificuldade da administração neste período?
Maia - A maior dificuldade foi retomar os programas de desenvolvimento gerencial. As estruturas piramidais de organização não funcionam mais. Os governos têm de tornar planas as estruturas burocráticas e piramidais, reduzindo a hierarquia e promovendo a descentralização. Esses programas, que eu comecei em 1993, foram basicamente abandonados nos últimos dois anos. Isso gera no servidor um descrédito em relação à continuidade e à administração profissional. Então, temos de retomar a confiança do servidor e restabelecer a reestruturação gerencial. Isso vai demorar um pouquinho mais. Talvez se complete só no final deste ano.
Folha - O que, na sua opinião, o sr. deixou de fazer nestes cem dias e frustrou os eleitores?
Maia - Os meus eleitores me conhecem. Eles sabem que eu não sou apressado e sou cumpridor. Eles estão acostumados com um prefeito que não se submete às pressões. Eles podem ficar com a cartilha na mão. Tudo vai ser implementado.
Folha - Até o final de seu mandato, quais são as principais realizações pretendidas? Como arrumar recursos para isso?
Maia - Vamos falar em vetores. O primeiro é administrativo e financeiro. O segundo, de integração social. O terceiro, a questão da violência. O quarto, do desenvolvimento. O quinto, a questão espacial, a reforma urbana dos bairros e das favelas. O Rio Cidade volta em novo patamar. Daqui a dois anos, você vai chegar a Bangu como se estivesse no centro de Amsterdã. O Favela Bairro volta ao leito original de integração, urbanização, serviços sociais, geração de renda. Tem dinheiro do BID e da Caixa, mas, basicamente, o recurso é nosso.
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