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15/04/2001
-
12h33
da Folha Online
Leia abaixo a íntegra da nota oficial da Secretaria de Segurança do Estado de Mato Grosso sobre o fim da rebelião em Cuiabá:
Presos executam lideranças do movimento rebelde
José Carlos do Nascimento, o JC, tido como membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso, condenado a cerca de 250 anos por vários crimes cometidos, foi executado na madrugada deste domingo no presídio do Carumbé.
Ele negou-se a encerrar a rebelião no presídio, após a rendição dos presos, alegando que só poderia fazê-lo após uma entrevista em rede nacional ao programa de Gugu Liberato, onde pretendia divulgar o movimento rebelde a todo o país.
JC e mais cinco presos que lideraram o movimento foram vítimas da "Cobrança", uma das leis dos presídios, que cobra com a morte danos provocados a familiares em visita a presos.
Seus corpos amanheceram na porta do presídio, sinalizando que a rebelião estava terminada, após mais de 60 horas de desconforto para cerca de 133 familiares de presos e da manutenção de quatro carcereiros como reféns.
O Comitê de Gerenciamento de Crise Penitenciária (órgão composto pelos três poderes do Estado de Mato Grosso, mais o Ministério Público), que prorrogou as negociações até as 23h de sábado, temia por uma intensificação da crise, a partir de informações do ambiente tenso no presídio.
Durante a tarde de sábado chegou a liberar a água (que havia sido cortada no primeiro momento da rebelião junto com a energia elétrica) e acendeu as luzes por 20 minutos, conforme o acerto da rendição.
Além disso havia providenciado a retirada do presídio dos líderes do movimento, única imposição deles para acabar com o movimento, no início da noite.
Ante a recusa de encerramento da rebelião, a comissão emitiu nota à imprensa relatando suas preocupações com os "30 rebelados que correm risco de morte, em função do que é conhecido por 'cobrança'" e manteve policiais à postos para aceitar a rendição a qualquer hora da madrugada.
Liberação
Das 163 pessoas que se encontravam no presídio (107 mulheres, sete homens, 45 crianças e os quatro carcereiros mantidos como reféns), 16 haviam saído na quinta-feira (12), outras dez no decorrer das negociações e as demais foram liberadas por volta das 8h da manhã, inclusive os quatro reféns agentes penitenciários.
Todos eles passaram por uma triagem médica, realizada por médicos da Polícia Militar e por paramédicos do Grupo de Resgate do Corpo de Bombeiros, em funções das condições a que foram submetidas desde quinta-feira.
O Comitê de Gerenciamento de Crise Penitenciária também providenciou a entrega de ovos de páscoa para as crianças, em uma manifestação de paz e de seus propósitos de reeducação dos presos em Mato Grosso.
Administração compartilhada
O Comitê de Gerenciamento de Crise Penitenciária também manifestou-se para implantar em Mato Grosso a terceirização com a administração compartilhada, nos moldes de Guarapuava (PR).
"Estivemos naquele Estado e vimos que aquela pode ser a solução, uma vez que proporciona aos detentos trabalho, salário e progressão da pena, além do seu desenvolvimento pessoal através de cursos profissionalizantes que vão prepará-lo para o retorno à sociedade", manifestou-se.
O processo de execução e as primeiras providências já foram tomadas.
Leia íntegra da nota oficial sobre o fim da rebelião em Cuiabá
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Leia abaixo a íntegra da nota oficial da Secretaria de Segurança do Estado de Mato Grosso sobre o fim da rebelião em Cuiabá:
Presos executam lideranças do movimento rebelde
José Carlos do Nascimento, o JC, tido como membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso, condenado a cerca de 250 anos por vários crimes cometidos, foi executado na madrugada deste domingo no presídio do Carumbé.
Ele negou-se a encerrar a rebelião no presídio, após a rendição dos presos, alegando que só poderia fazê-lo após uma entrevista em rede nacional ao programa de Gugu Liberato, onde pretendia divulgar o movimento rebelde a todo o país.
JC e mais cinco presos que lideraram o movimento foram vítimas da "Cobrança", uma das leis dos presídios, que cobra com a morte danos provocados a familiares em visita a presos.
Seus corpos amanheceram na porta do presídio, sinalizando que a rebelião estava terminada, após mais de 60 horas de desconforto para cerca de 133 familiares de presos e da manutenção de quatro carcereiros como reféns.
O Comitê de Gerenciamento de Crise Penitenciária (órgão composto pelos três poderes do Estado de Mato Grosso, mais o Ministério Público), que prorrogou as negociações até as 23h de sábado, temia por uma intensificação da crise, a partir de informações do ambiente tenso no presídio.
Durante a tarde de sábado chegou a liberar a água (que havia sido cortada no primeiro momento da rebelião junto com a energia elétrica) e acendeu as luzes por 20 minutos, conforme o acerto da rendição.
Além disso havia providenciado a retirada do presídio dos líderes do movimento, única imposição deles para acabar com o movimento, no início da noite.
Ante a recusa de encerramento da rebelião, a comissão emitiu nota à imprensa relatando suas preocupações com os "30 rebelados que correm risco de morte, em função do que é conhecido por 'cobrança'" e manteve policiais à postos para aceitar a rendição a qualquer hora da madrugada.
Liberação
Das 163 pessoas que se encontravam no presídio (107 mulheres, sete homens, 45 crianças e os quatro carcereiros mantidos como reféns), 16 haviam saído na quinta-feira (12), outras dez no decorrer das negociações e as demais foram liberadas por volta das 8h da manhã, inclusive os quatro reféns agentes penitenciários.
Todos eles passaram por uma triagem médica, realizada por médicos da Polícia Militar e por paramédicos do Grupo de Resgate do Corpo de Bombeiros, em funções das condições a que foram submetidas desde quinta-feira.
O Comitê de Gerenciamento de Crise Penitenciária também providenciou a entrega de ovos de páscoa para as crianças, em uma manifestação de paz e de seus propósitos de reeducação dos presos em Mato Grosso.
Administração compartilhada
O Comitê de Gerenciamento de Crise Penitenciária também manifestou-se para implantar em Mato Grosso a terceirização com a administração compartilhada, nos moldes de Guarapuava (PR).
"Estivemos naquele Estado e vimos que aquela pode ser a solução, uma vez que proporciona aos detentos trabalho, salário e progressão da pena, além do seu desenvolvimento pessoal através de cursos profissionalizantes que vão prepará-lo para o retorno à sociedade", manifestou-se.
O processo de execução e as primeiras providências já foram tomadas.
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