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15/04/2001
-
19h50
da Agência Folha, em Cuiabá
O tenente-coronel Antônio Moraes, que conduziu as negociações em torno da rebelião no presídio de Carumbé, em Cuiabá (MT), disse que a intenção do detento João Carlos do Nascimento, o JC, em conceder uma entrevista ao apresentador de TV Gugu Liberato teria motivado o confronto entre os presos que resultou na morte de seis detentos.
"Ele (JC) queria uma publicidade nefasta", disse o tenente-coronel.
"Eu tinha o controle total da rebelião no sábado à noite. Íamos transferí-lo para um outro presídio, por questão de segurança. Eu sabia que ele (JC) e os outros 14 detentos que o acompanhavam na manifestação corriam risco. Cheguei a dizer ao próprio JC que ele ia morrer se ficasse dentro do presídio", disse.
Segundo Moraes, o detento JC já tinha aceitado o fim da rebelião, mas na noite de sábado, resolveu recuar.
"Tinha uma negociação em curso. Eu ia resolver tudo, mas ele (JC) se achou muito importante e queria falar em cadeia nacional de televisão".
O tenente-coronel disse que o detento foi convidado pela produção da TV Cidade Verde (afiliada do SBT, em Cuiabá) a participar do programa "Domingo Legal", que vai a ar no domingo à tarde.
"Essa recusa irritou os outros detentos, que resolveram matá-lo", disse o policial. JC foi o primeiro preso a morrer. Ele, segundo a polícia, foi morto a golpes de pedra e faca e ainda teve a cabeça decepada.
A diretora de jornalismo da TV Cidade Verde, Ley Magalhães, disse que a sua equipe de produção tinha o número do telefone celular usado na cadeia por JC. "Mas isso não é novidade. Todos da imprensa tinham o telefone dele. Inclusive já tínhamos entrevistado JC, assim como outros canais de televisão de Cuiabá", disse a jornalista.
Ley Magalhães afirmou ainda que uma equipe sua estava preparada para participar ao vivo do programa do Gugu ontem à tarde. "Agora, se o JC seria entrar ao vivo ou não, não era uma decisão minha, era da equipe que trabalha ao lado do Gugu", disse.
A proposta aceita por JC em participar do programa de TV foi confirmada pelo deputado estadual Gilney Viana (PT), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Mato Grosso e pelo major Osmar Lino Farias, que é comandante do Batalhão de Guarda do presídio Carumbé.
Policial diz que suposta entrevista teria causado morte de preso
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O tenente-coronel Antônio Moraes, que conduziu as negociações em torno da rebelião no presídio de Carumbé, em Cuiabá (MT), disse que a intenção do detento João Carlos do Nascimento, o JC, em conceder uma entrevista ao apresentador de TV Gugu Liberato teria motivado o confronto entre os presos que resultou na morte de seis detentos.
"Ele (JC) queria uma publicidade nefasta", disse o tenente-coronel.
"Eu tinha o controle total da rebelião no sábado à noite. Íamos transferí-lo para um outro presídio, por questão de segurança. Eu sabia que ele (JC) e os outros 14 detentos que o acompanhavam na manifestação corriam risco. Cheguei a dizer ao próprio JC que ele ia morrer se ficasse dentro do presídio", disse.
Segundo Moraes, o detento JC já tinha aceitado o fim da rebelião, mas na noite de sábado, resolveu recuar.
"Tinha uma negociação em curso. Eu ia resolver tudo, mas ele (JC) se achou muito importante e queria falar em cadeia nacional de televisão".
O tenente-coronel disse que o detento foi convidado pela produção da TV Cidade Verde (afiliada do SBT, em Cuiabá) a participar do programa "Domingo Legal", que vai a ar no domingo à tarde.
"Essa recusa irritou os outros detentos, que resolveram matá-lo", disse o policial. JC foi o primeiro preso a morrer. Ele, segundo a polícia, foi morto a golpes de pedra e faca e ainda teve a cabeça decepada.
A diretora de jornalismo da TV Cidade Verde, Ley Magalhães, disse que a sua equipe de produção tinha o número do telefone celular usado na cadeia por JC. "Mas isso não é novidade. Todos da imprensa tinham o telefone dele. Inclusive já tínhamos entrevistado JC, assim como outros canais de televisão de Cuiabá", disse a jornalista.
Ley Magalhães afirmou ainda que uma equipe sua estava preparada para participar ao vivo do programa do Gugu ontem à tarde. "Agora, se o JC seria entrar ao vivo ou não, não era uma decisão minha, era da equipe que trabalha ao lado do Gugu", disse.
A proposta aceita por JC em participar do programa de TV foi confirmada pelo deputado estadual Gilney Viana (PT), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Mato Grosso e pelo major Osmar Lino Farias, que é comandante do Batalhão de Guarda do presídio Carumbé.
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