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15/04/2001
-
20h16
da Agência Folha
O sistema prisional da região metropolitana de Belo Horizonte teve um feriado de Semana Santa de intensa movimentação, com reforço na vigilância, cerco de delegacias por carros de polícia e "rodízio" de presos considerados perigosos.
Tudo isso ocorreu porque as secretarias de Justiça e de Segurança Pública do Estado receberam informações dando conta de que cerca de 40 homens de São Paulo estariam na capital mineira para resgatar presos das delegacias e presídios da cidade durante o feriado, quando a segurança nesses locais sofre uma redução.
Os paulistas seriam, de acordo com essas informações, ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), facção de presos de São Paulo que promoveu, em fevereiro, a maior rebelião em presídios da história do país. Os presos a serem resgatados seriam assaltantes de banco, traficantes e sequestradores.
De acordo com o diretor de criminologia da Secretaria de Justiça mineira, Emerson Tardieu Pereira, as informações tiveram como base trabalho conjunto dos serviços de inteligência das polícias Civil e Militar de São Paulo e de Minas Gerais. Além disso, sequestradores presos no sul do Estado, no mês passado, teriam passado informações semelhantes à polícia.
"O que recebemos bateu com o que foi colhido pela secretaria dentro do sistema prisional do Estado", disse. Segundo ele, a quadrilha tinha ainda como objetivo promover rebeliões nos locais onde não haveria resgate, como forma de desviar a atenção da polícia.
De acordo com o diretor-geral de Assuntos Prisionais da Secretaria de Segurança Pública do Estado, João Evangelista, cerca de 300 policiais civis trabalharam durante o feriado, na capital, quando o normal seria 100.
A ação de maior impacto ocorreu na Delegacia de Furtos e Roubos, na região central da cidade, que foi cercada por policiais com armas de grosso calibre e teve o quarteirão interditado por cones e carros da polícia civil.
Outra atitude tomada foi transferir constantemente, de uma unidade a outra, os presos que seriam os alvos dos supostos resgates. "Dessa forma, quem estava tentando fazer isso não vai saber onde eles estão, porque eles estão e vão continuar por um bom tempo rodando pelo Estado", disse Evangelista.
A Polícia Militar também reforçou a segurança na área externa dos presídios e o número de carcereiros foi aumentado. As autoridades afirmaram que as medidas vão continuar nos próximos dias. Segundo Evangelista, "a polícia está aguardando apenas a confirmação de alguns detalhes" para prender os membros da suposta quadrilha que teria se deslocado de São Paulo a Minas.
O último resgate de presos em uma unidade prisional do Estado ocorreu em janeiro, quando dois presos foram libertados da penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.
Na ocasião, quatro homens armados renderam os carcereiros e retiraram do presídio Júlio César Dias Cordeiro, 37 (mineiro, condenado por homicídio e lesão corporal), e Ladislau Pavanelo Padilha, 31 (natural de Ribeirão Preto, condenado por tráfico de drogas).
Belo Horizonte reforça vigilância em presídios durante feriado
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O sistema prisional da região metropolitana de Belo Horizonte teve um feriado de Semana Santa de intensa movimentação, com reforço na vigilância, cerco de delegacias por carros de polícia e "rodízio" de presos considerados perigosos.
Tudo isso ocorreu porque as secretarias de Justiça e de Segurança Pública do Estado receberam informações dando conta de que cerca de 40 homens de São Paulo estariam na capital mineira para resgatar presos das delegacias e presídios da cidade durante o feriado, quando a segurança nesses locais sofre uma redução.
Os paulistas seriam, de acordo com essas informações, ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), facção de presos de São Paulo que promoveu, em fevereiro, a maior rebelião em presídios da história do país. Os presos a serem resgatados seriam assaltantes de banco, traficantes e sequestradores.
De acordo com o diretor de criminologia da Secretaria de Justiça mineira, Emerson Tardieu Pereira, as informações tiveram como base trabalho conjunto dos serviços de inteligência das polícias Civil e Militar de São Paulo e de Minas Gerais. Além disso, sequestradores presos no sul do Estado, no mês passado, teriam passado informações semelhantes à polícia.
"O que recebemos bateu com o que foi colhido pela secretaria dentro do sistema prisional do Estado", disse. Segundo ele, a quadrilha tinha ainda como objetivo promover rebeliões nos locais onde não haveria resgate, como forma de desviar a atenção da polícia.
De acordo com o diretor-geral de Assuntos Prisionais da Secretaria de Segurança Pública do Estado, João Evangelista, cerca de 300 policiais civis trabalharam durante o feriado, na capital, quando o normal seria 100.
A ação de maior impacto ocorreu na Delegacia de Furtos e Roubos, na região central da cidade, que foi cercada por policiais com armas de grosso calibre e teve o quarteirão interditado por cones e carros da polícia civil.
Outra atitude tomada foi transferir constantemente, de uma unidade a outra, os presos que seriam os alvos dos supostos resgates. "Dessa forma, quem estava tentando fazer isso não vai saber onde eles estão, porque eles estão e vão continuar por um bom tempo rodando pelo Estado", disse Evangelista.
A Polícia Militar também reforçou a segurança na área externa dos presídios e o número de carcereiros foi aumentado. As autoridades afirmaram que as medidas vão continuar nos próximos dias. Segundo Evangelista, "a polícia está aguardando apenas a confirmação de alguns detalhes" para prender os membros da suposta quadrilha que teria se deslocado de São Paulo a Minas.
O último resgate de presos em uma unidade prisional do Estado ocorreu em janeiro, quando dois presos foram libertados da penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.
Na ocasião, quatro homens armados renderam os carcereiros e retiraram do presídio Júlio César Dias Cordeiro, 37 (mineiro, condenado por homicídio e lesão corporal), e Ladislau Pavanelo Padilha, 31 (natural de Ribeirão Preto, condenado por tráfico de drogas).
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