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15/04/2001
-
22h54
da Sucursal do Rio
O desabamento de uma passarela da Universidade Estácio de Sá, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), feriu pelo menos 48 pessoas que prestariam concurso para dar aulas na rede municipal de ensino, na manhã de hoje.
O acidente foi às 7h30, meia hora antes do início da prova, que seria aplicada em outros 29 pontos do Rio. Dos 59 mil inscritos, 3.000 prestariam exame na universidade. Por causa do acidente, a prefeitura anulou o concurso para preencher 2.000 vagas. A nova data ainda não foi marcada.
A passarela ficava a três metros de altura e ligava a praça de alimentação a um dos corredores da universidade, no segundo andar.
Havia, segundo uma das vítimas, cerca de 60 pessoas sobre a estrutura durante o desabamento.
"Ouvimos primeiro um estalo, como se fosse vidro quebrando e, logo depois, a passarela caiu de uma vez. O pessoal gritava que o prédio estava caindo", contou Maria Aleuda Cavalcante, 47.
Ela não estava sobre a passarela quando a estrutura cedeu, mas foi pisoteada por quem tentava sair do local. Na correria, disse, as pessoas largaram sapatos e bolsas.
Com o pescoço imobilizado, em uma cadeira de rodas no setor de emergência do hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Maria Aleuda não estava na lista de 45 pessoas feridas divulgadas por Marcelo Campos, diretor da Universidade Estácio de Sá.
Além de Maria Aleuda, a Folha conversou com outras duas vítimas que não estavam na lista.
O atendimento aos feridos foi feito no Lourenço Jorge e no hospital Miguel Couto, no Leblon (zona sul). Boa parte dos atendidos sofreu escoriações e luxações. Duas pessoas foram operadas por causa de fraturas no pulso e no pé.
O diretor Marcelo Campos disse que a universidade vai pagar as despesas médicas das vítimas.
Feita de ferro e revestida de concreto, a passarela que cedeu tinha, segundo o subsecretário municipal de Obras, Cláudio Albuquerque, cerca de oito metros de extensão por quatro de largura.
O prédio da universidade, segundo Campos, levou dois anos para ficar pronto e foi inaugurado há um ano e meio. As duas passarelas foram feitas posteriormente.
Equipes do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) e da Defesa Civil do Município fizeram perícia no local. O local da passarela que desabou e outra rampa similar foram interditados pela Defesa Civil do Município. O laudo deve sair em 15 dias.
O coordenador da Defesa Civil do Município, coronel João Carlos Mariano, disse que vai solicitar à administração da universidade as plantas do local. Além da passarela, o prédio apresenta rachaduras na fachada que, possivelmente, segundo ele, teriam sido causadas por infiltração.
Antônio Serrano, titular da 16ª Delegacia de Polícia, na Barra, registrou a ocorrência como desabamento com vítima. Segundo o delegado, ainda que seja constatada imperícia na obra, o responsável deverá responder por crime culposo, já que o acidente não foi intencional. A pena prevista é de seis meses a um ano de prisão.
Logo após o acidente, uma equipe de reportagem da Rede Globo foi agredida por seguranças da Estácio de Sá. "Eles meteram a mão na luz e puxaram o fio da câmera. Quatro deles me puxaram", contou o operador Rodrigo Fernandes Gomes, 21. As cenas foram filmadas por um cinegrafista.
Segundo o diretor, os seguranças não foram orientados para dificultar o trabalho dos jornalistas, mas eles podem ter se apavorado. O serviço, disse, é terceirizado.
Pelo menos 48 pessoas ficaram feridas em queda de passarela no Rio
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O desabamento de uma passarela da Universidade Estácio de Sá, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), feriu pelo menos 48 pessoas que prestariam concurso para dar aulas na rede municipal de ensino, na manhã de hoje.
O acidente foi às 7h30, meia hora antes do início da prova, que seria aplicada em outros 29 pontos do Rio. Dos 59 mil inscritos, 3.000 prestariam exame na universidade. Por causa do acidente, a prefeitura anulou o concurso para preencher 2.000 vagas. A nova data ainda não foi marcada.
A passarela ficava a três metros de altura e ligava a praça de alimentação a um dos corredores da universidade, no segundo andar.
Havia, segundo uma das vítimas, cerca de 60 pessoas sobre a estrutura durante o desabamento.
"Ouvimos primeiro um estalo, como se fosse vidro quebrando e, logo depois, a passarela caiu de uma vez. O pessoal gritava que o prédio estava caindo", contou Maria Aleuda Cavalcante, 47.
Ela não estava sobre a passarela quando a estrutura cedeu, mas foi pisoteada por quem tentava sair do local. Na correria, disse, as pessoas largaram sapatos e bolsas.
Com o pescoço imobilizado, em uma cadeira de rodas no setor de emergência do hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Maria Aleuda não estava na lista de 45 pessoas feridas divulgadas por Marcelo Campos, diretor da Universidade Estácio de Sá.
Além de Maria Aleuda, a Folha conversou com outras duas vítimas que não estavam na lista.
O atendimento aos feridos foi feito no Lourenço Jorge e no hospital Miguel Couto, no Leblon (zona sul). Boa parte dos atendidos sofreu escoriações e luxações. Duas pessoas foram operadas por causa de fraturas no pulso e no pé.
O diretor Marcelo Campos disse que a universidade vai pagar as despesas médicas das vítimas.
Feita de ferro e revestida de concreto, a passarela que cedeu tinha, segundo o subsecretário municipal de Obras, Cláudio Albuquerque, cerca de oito metros de extensão por quatro de largura.
O prédio da universidade, segundo Campos, levou dois anos para ficar pronto e foi inaugurado há um ano e meio. As duas passarelas foram feitas posteriormente.
Equipes do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) e da Defesa Civil do Município fizeram perícia no local. O local da passarela que desabou e outra rampa similar foram interditados pela Defesa Civil do Município. O laudo deve sair em 15 dias.
O coordenador da Defesa Civil do Município, coronel João Carlos Mariano, disse que vai solicitar à administração da universidade as plantas do local. Além da passarela, o prédio apresenta rachaduras na fachada que, possivelmente, segundo ele, teriam sido causadas por infiltração.
Antônio Serrano, titular da 16ª Delegacia de Polícia, na Barra, registrou a ocorrência como desabamento com vítima. Segundo o delegado, ainda que seja constatada imperícia na obra, o responsável deverá responder por crime culposo, já que o acidente não foi intencional. A pena prevista é de seis meses a um ano de prisão.
Logo após o acidente, uma equipe de reportagem da Rede Globo foi agredida por seguranças da Estácio de Sá. "Eles meteram a mão na luz e puxaram o fio da câmera. Quatro deles me puxaram", contou o operador Rodrigo Fernandes Gomes, 21. As cenas foram filmadas por um cinegrafista.
Segundo o diretor, os seguranças não foram orientados para dificultar o trabalho dos jornalistas, mas eles podem ter se apavorado. O serviço, disse, é terceirizado.
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