Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/04/2001 - 11h16

Quarenta presos fugiram de presídio em Campinas e 5 retornaram

Publicidade

MÁRIO TONOCCHI
da Folha Online, em Campinas

Dois presos morreram, 40 fugiram e cinco agentes penitenciários ficaram feridos em uma rebelião iniciada na noite de ontem no presídio de regime semi-aberto Ataliba Nogueira, do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia. Cinco detentos retornaram por vontade própria, segundo agentes.

Segundo a polícia, o motim foi uma forma de assassinar os dois detentos em uma briga entre as facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e CDL (Comando Democrático da Liberdade).

Os dois presos mortos, José Paulino de Sá e João Antônio Novais, que seriam do CDL, foram transferidos do presídio de Franco da Rocha, na última segunda-feira, para Campinas (95 km de São Paulo).

Novais foi atingido por estiletadas, teve uma pá de cozinha enfiada em seu pescoço, e foi queimado. Paulino de Sá também foi morto a estiletadas, foi envolvido por um colchão, e incendiado.

Segundo Edson Siqueira, 33, diretor-executivo do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, os dois presos mortos chegaram a Campinas com medo de morrerem.

"Eles sabiam que uma facção rival (PCC) dominava o local e pediram proteção à direçõa do presídio", disse Edson. Segundo ele, após chegar a um presídio semi-aberto, os detentos ficam 30 dias presos, até arrumarem emprego.

Em relação ao presos que retornaram por vontade própria, Edson disse que, durante a fuga, eles são obrigados por outros detentos a fugir. "Quando o bicho pega, eles têm de fugir. Não vão esperar para se explicarem", disse.

Cerca de 100 agentes penitenciários estão na porta do presídio. Eles irão entrar após a revista feita pela tropa de choque, que chegou ao local à 11h30.

Edson disse que os presos estão com chaves de celas, algemas, facas de cozinha e armas de fogo. "Não podemos entrar. Não temos garantia nenhuma e não estamos armados. Vamos esperar a tropa de choque."

Feridos

Durante o tumulto, sete agentes foram feitos reféns. Cinco deles ficaram feridos: Jorge Hamilton Camargo, 35, Álvaro Castilho Bianchi, 37, Elias Avelino dos Santos, 35 (que teria sido atingido por pauladas e facadas na cabeça), Sebastião Machado Maia e Admilson Teodoro Pedroso.

O presídio abriga cerca de 900 presos.

Leia especial sobre presídios
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página