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19/06/2000
-
22h32
da Folha em Ribeirão
A direção da unidade da Febem de Ribeirão Preto (319 km de SP) informou que houve negligência da empresa terceirizada de segurança interna na fuga de oito menores na madrugada desta segunda-feira (19). A unidade abriga 163 internos.
Para realizar a fuga, os internos fizeram um monitor refém e escaparam por volta da 1h30. Segundo a direção, três agentes de segurança, que deveriam estar no local no momento da confusão, não estavam presentes. Um quarto vigia dormia na unidade.
O diretor da Febem de Ribeirão, Eduardo Luiz Viana, disse que houve negligência por parte dos seguranças da Vise (a empresa terceirizada). "Vou encaminhar um relatório para São Paulo pedindo providências."
Procurada pela Folha, a Vise não quis comentar o assunto. Até o início da noite de ontem, três adolescentes já tinham sido recapturados pela polícia. O monitor _cujo nome não foi revelado_ não se feriu durante a fuga.
Além dos vigias terceirizados, a segurança externa também é feita por um carro da Polícia Militar. No entanto, os policiais estavam do outro lado da unidade no momento da fuga dos menores e não perceberam a movimentação.
Viana afirmou que foi aberta uma sindicância administrativa para apurar o caso. A unidade de Ribeirão conta com 54 vigilantes terceirizados pela empresa.
"No momento da fuga, não havia nenhum segurança no corredor nem na guarita do muro. Os menores recapturados me disseram que o vigilante do lado de fora estava dormindo na cadeia. Assim não tem como evitar fugas", afirmou o diretor.
Viana também apontou despreparo por parte dos seguranças. "O pessoal não é preparado para lidar com os menores. Além disso, são relapsos. Se tivesse alguém no corredor era só pedir apoio pelo HT (radiocomunicador)", disse.
O presidente do sindicato dos funcionários da Febem, Antônio Gilberto da Silva, afirmou que a unidade de Ribeirão possui condições de segurança interna precárias. Segundo ele, não há funcionários suficientes para evitar confusões no local.
Leia mais sobre a crise na Febem de SP na Folha Online
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Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
Febem culpa empresa de segurança interna por fuga em Ribeirão
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A direção da unidade da Febem de Ribeirão Preto (319 km de SP) informou que houve negligência da empresa terceirizada de segurança interna na fuga de oito menores na madrugada desta segunda-feira (19). A unidade abriga 163 internos.
Para realizar a fuga, os internos fizeram um monitor refém e escaparam por volta da 1h30. Segundo a direção, três agentes de segurança, que deveriam estar no local no momento da confusão, não estavam presentes. Um quarto vigia dormia na unidade.
O diretor da Febem de Ribeirão, Eduardo Luiz Viana, disse que houve negligência por parte dos seguranças da Vise (a empresa terceirizada). "Vou encaminhar um relatório para São Paulo pedindo providências."
Procurada pela Folha, a Vise não quis comentar o assunto. Até o início da noite de ontem, três adolescentes já tinham sido recapturados pela polícia. O monitor _cujo nome não foi revelado_ não se feriu durante a fuga.
Além dos vigias terceirizados, a segurança externa também é feita por um carro da Polícia Militar. No entanto, os policiais estavam do outro lado da unidade no momento da fuga dos menores e não perceberam a movimentação.
Viana afirmou que foi aberta uma sindicância administrativa para apurar o caso. A unidade de Ribeirão conta com 54 vigilantes terceirizados pela empresa.
"No momento da fuga, não havia nenhum segurança no corredor nem na guarita do muro. Os menores recapturados me disseram que o vigilante do lado de fora estava dormindo na cadeia. Assim não tem como evitar fugas", afirmou o diretor.
Viana também apontou despreparo por parte dos seguranças. "O pessoal não é preparado para lidar com os menores. Além disso, são relapsos. Se tivesse alguém no corredor era só pedir apoio pelo HT (radiocomunicador)", disse.
O presidente do sindicato dos funcionários da Febem, Antônio Gilberto da Silva, afirmou que a unidade de Ribeirão possui condições de segurança interna precárias. Segundo ele, não há funcionários suficientes para evitar confusões no local.
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