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09/05/2001
-
23h29
da Folha de S.Paulo
Em nove anos, o número de domicílios cresceu 73% mais do que a população nas cinco maiores cidades do Vale do Paraíba _ São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba e Guaratinguetá.
No período, entre 1991 e 2000, a quantidade de domicílios vazios aumentou 54% e o número de pessoas por casa ocupada caiu de 4,07 para 3,7, o que mostra uma menor concentração de moradores por residência.
As estatísticas fazem parte dos dados que o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga sobre as condições de moradia em 5.507 municípios brasileiros.
A população dessas cinco cidades do Vale cresceu de 1.007.497 habitantes para 1.204.118, uma variação positiva de 19,5%. Já o número de domicílios saltou de 279.878 para 376.767 unidades _34,6% mais.
Essas pessoas moram hoje em 324.247 casas, segundo o IBGE. As restantes estão vazias. Em 91, havia 246.137 residências com moradores. O IBGE não analisou os dados do Censo, mas há uma série de hipóteses para a desproporção entre o aumento populacional e o imobiliário.
Pode haver hoje um maior número de barracos em favelas, considerados domicílios na pesquisa, ou uma queda no tamanho das famílias. Outra possibilidade é a divisão de famílias de alta renda em várias casas, como ocorreu com a médica ginecologista Sônia Mioni (leia texto nesta página).
Também é o caso do advogado José Lincoln Trigo Delgado de Almeida, 28, que mora sozinho em um apartamento com três quartos. Já deixaram o apartamento seus pais e as duas irmãs.
''Depois que minhas irmãs saíram, meus pais disseram que, ou eu era o próximo, ou eles iriam para outro local. Foi o que aconteceu'', declarou.
Fechadas
Em relação ao aumento na quantidade de casas fechadas, a professora da USP (Universidade de São Paulo) Amália Inês Lemos, pesquisadora de geografia urbana, disse que, por falta de dinheiro, há famílias que até se tornaram sem-teto.
AFolha encontrou um grupo de dez pessoas desempregadas morando sob um viaduto em Jacareí, onde houve um aumento de 116% nas casas vazias, a maior variação apontada pelo IBGE.
Em Taubaté, segunda cidade do Vale, houve um acréscimo de 78,4% das casas fechadas _passou de 5.616 para 10.020.
O presidente da Associação das Empresas Imobiliárias de Taubaté, Antonio Rodrigues, discorda do IBGE.
''Temos mil casas para alugar. O IBGE deve considerar casas em construção'', disse.
Número de domicílios cresce mais que a população no Vale do Paraíba
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Em nove anos, o número de domicílios cresceu 73% mais do que a população nas cinco maiores cidades do Vale do Paraíba _ São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba e Guaratinguetá.
No período, entre 1991 e 2000, a quantidade de domicílios vazios aumentou 54% e o número de pessoas por casa ocupada caiu de 4,07 para 3,7, o que mostra uma menor concentração de moradores por residência.
As estatísticas fazem parte dos dados que o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga sobre as condições de moradia em 5.507 municípios brasileiros.
A população dessas cinco cidades do Vale cresceu de 1.007.497 habitantes para 1.204.118, uma variação positiva de 19,5%. Já o número de domicílios saltou de 279.878 para 376.767 unidades _34,6% mais.
Essas pessoas moram hoje em 324.247 casas, segundo o IBGE. As restantes estão vazias. Em 91, havia 246.137 residências com moradores. O IBGE não analisou os dados do Censo, mas há uma série de hipóteses para a desproporção entre o aumento populacional e o imobiliário.
Pode haver hoje um maior número de barracos em favelas, considerados domicílios na pesquisa, ou uma queda no tamanho das famílias. Outra possibilidade é a divisão de famílias de alta renda em várias casas, como ocorreu com a médica ginecologista Sônia Mioni (leia texto nesta página).
Também é o caso do advogado José Lincoln Trigo Delgado de Almeida, 28, que mora sozinho em um apartamento com três quartos. Já deixaram o apartamento seus pais e as duas irmãs.
''Depois que minhas irmãs saíram, meus pais disseram que, ou eu era o próximo, ou eles iriam para outro local. Foi o que aconteceu'', declarou.
Fechadas
Em relação ao aumento na quantidade de casas fechadas, a professora da USP (Universidade de São Paulo) Amália Inês Lemos, pesquisadora de geografia urbana, disse que, por falta de dinheiro, há famílias que até se tornaram sem-teto.
A
Em Taubaté, segunda cidade do Vale, houve um acréscimo de 78,4% das casas fechadas _passou de 5.616 para 10.020.
O presidente da Associação das Empresas Imobiliárias de Taubaté, Antonio Rodrigues, discorda do IBGE.
''Temos mil casas para alugar. O IBGE deve considerar casas em construção'', disse.
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