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10/05/2001
-
22h05
RAQUEL LIMA
da Folha Campinas
Ainda sem acordo para reformular o sistema de transporte público em Campinas, o secretário Marcos Pimentel Bicalho afirmou que a prefeitura quer solucionar a questão "a curto prazo" e que perueiros e permissionários de ônibus terão de ceder.
Bicalho propõe a integração entre as 483 peruas e os cerca de 700 ônibus que circulam na cidade.
Para a administração, as peruas devem atuar como "linhas alimentadoras", operando apenas na periferia de Campinas.
A proposta é rejeitada pelo Sinpetrac (Sindicato dos Permissionários do Transporte Alternativo de Campinas) e também pela Transurc (Associação das Empresas de Transporte Urbano de Campinas).
"Se não houver acordo, vai prevalecer a espinha dorsal da proposta da prefeitura", declarou o secretário.
Bicalho discute amanhã a contraproposta do Sinpetrac.
O secretário adiantou hoje que não abre mão da proposta de que as peruas devem transportar apenas passageiros dos bairros para os terminais.
Ele oferece uma remuneração mensal que varia de R$ 4.600 a R$ 6.500 para cada perueiro.
O cálculo teve como base uma remuneração de R$ 0,80 a R$ 1 por quilômetro rodado.
De acordo com a secretaria, a remuneração sairia de um fundo administrado pelas empresas de ônibus e pela Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas). O fundo é estimado em R$ 3 milhões por mês.
O Sinpetrac rejeita a proposta. "Esse valor é ridículo. Nós não vamos abrir mão de circular no centro e também não vamos aceitar sermos empregados das empresas de ônibus", afirmou o presidente do Sinpetrac, Lorival Carlos da Silva.
Segundo ele, a proposta da Prefeitura de Campinas resultará na "monopolização do transporte da cidade".
"Não é só o [transporte] alternativo que perde. É toda a população de Campinas", disse Silva.
Bicalho afirmou que os perueiros "não podem atuar onde eles quiserem". "A resistência é previsível, mas é a prefeitura quem tem o poder de decisão", afirmou.
"Cada um quer puxar a demanda para o seu lado, mas os dois terão que ceder", disse.
A proposta dos perueiros seria discutida entre a categoria em uma assembléia marcada para a noite de hoje.
A Folha não conseguiu localizar ontem o presidente da Transurc, Armando Damaceno. Ele foi procurado na associação e em seu telefone celular.
Campinas propõe integração entre perueiros e permissionárias
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da Folha Campinas
Ainda sem acordo para reformular o sistema de transporte público em Campinas, o secretário Marcos Pimentel Bicalho afirmou que a prefeitura quer solucionar a questão "a curto prazo" e que perueiros e permissionários de ônibus terão de ceder.
Bicalho propõe a integração entre as 483 peruas e os cerca de 700 ônibus que circulam na cidade.
Para a administração, as peruas devem atuar como "linhas alimentadoras", operando apenas na periferia de Campinas.
A proposta é rejeitada pelo Sinpetrac (Sindicato dos Permissionários do Transporte Alternativo de Campinas) e também pela Transurc (Associação das Empresas de Transporte Urbano de Campinas).
"Se não houver acordo, vai prevalecer a espinha dorsal da proposta da prefeitura", declarou o secretário.
Bicalho discute amanhã a contraproposta do Sinpetrac.
O secretário adiantou hoje que não abre mão da proposta de que as peruas devem transportar apenas passageiros dos bairros para os terminais.
Ele oferece uma remuneração mensal que varia de R$ 4.600 a R$ 6.500 para cada perueiro.
O cálculo teve como base uma remuneração de R$ 0,80 a R$ 1 por quilômetro rodado.
De acordo com a secretaria, a remuneração sairia de um fundo administrado pelas empresas de ônibus e pela Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas). O fundo é estimado em R$ 3 milhões por mês.
O Sinpetrac rejeita a proposta. "Esse valor é ridículo. Nós não vamos abrir mão de circular no centro e também não vamos aceitar sermos empregados das empresas de ônibus", afirmou o presidente do Sinpetrac, Lorival Carlos da Silva.
Segundo ele, a proposta da Prefeitura de Campinas resultará na "monopolização do transporte da cidade".
"Não é só o [transporte] alternativo que perde. É toda a população de Campinas", disse Silva.
Bicalho afirmou que os perueiros "não podem atuar onde eles quiserem". "A resistência é previsível, mas é a prefeitura quem tem o poder de decisão", afirmou.
"Cada um quer puxar a demanda para o seu lado, mas os dois terão que ceder", disse.
A proposta dos perueiros seria discutida entre a categoria em uma assembléia marcada para a noite de hoje.
A Folha não conseguiu localizar ontem o presidente da Transurc, Armando Damaceno. Ele foi procurado na associação e em seu telefone celular.
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