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14/05/2001
-
12h44
MAURO ALBANO
da Agência Folha
A UTI neonatal do Hospital Universitário de Alagoas, em Maceió, registrou a morte de 12 recém-nascidos apenas neste mês. A diretoria afirma que o hospital está superlotado e que a situação está "insustentável".
Desde setembro do ano passado _quando foi fechada para reformas a Maternidade Santa Mônica, denunciada pelo Ministério Público pelas más condições do local_, o Hospital Universitário se tornou o único da rede pública de Alagoas a possuir UTI neonatal.
"Estamos com apenas 16 leitos para internar 32 crianças. Chega gente de todo o Estado e não podemos deixar de atender", disse João Macário Filho, diretor-geral do hospital.
Antes do fechamento da Santa Mônica, disse Macário, a média de mortes na UTI neonatal do hospital era de três ou quatro bebês por mês.
Em abril, morreram 11 crianças. Quatro delas tinham nascido em outras instituições.
Em maio, 107 crianças haviam nascido hospital até ontem _53 delas precisaram ser internadas na UTI.
"É um índice absurdo, quase 50%. A gestante já chega em condição precária, sem ter feito pré-natal, desnutrida, às vezes vinda de locais distantes", disse Macário.
Normalmente, segundo ele, apenas 10% a 15% dos recém-nascidos necessitam de UTI.
Das 12 crianças mortas neste mês, até ontem, a maior parte apresentava má-formação congênita e insuficiência respiratória. Não há casos de infecção hospitalar.
O secretário estadual da Saúde, Jurandir Bóia, disse que "a situação não é grave ou caótica". Segundo ele, "nenhuma medida de emergência será tomada".
"Enquanto não aumentarmos o número de leitos vamos ter esse problema. Infelizmente, é a situação da saúde pública em todo o país", disse Bóia.
"Acontece que no último mês houve um pico maior, provocando a superlotação", afirmou. Segundo ele, a Maternidade Santa Mônica será reaberta no final de julho e deverá amenizar a situação.
"A maternidade foi praticamente construída de novo, mais moderna e com UTI neonatal com 30 leitos", declarou.
Superlotação é responsável por morte de bebês em hospital de AL
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da Agência Folha
A UTI neonatal do Hospital Universitário de Alagoas, em Maceió, registrou a morte de 12 recém-nascidos apenas neste mês. A diretoria afirma que o hospital está superlotado e que a situação está "insustentável".
Desde setembro do ano passado _quando foi fechada para reformas a Maternidade Santa Mônica, denunciada pelo Ministério Público pelas más condições do local_, o Hospital Universitário se tornou o único da rede pública de Alagoas a possuir UTI neonatal.
"Estamos com apenas 16 leitos para internar 32 crianças. Chega gente de todo o Estado e não podemos deixar de atender", disse João Macário Filho, diretor-geral do hospital.
Antes do fechamento da Santa Mônica, disse Macário, a média de mortes na UTI neonatal do hospital era de três ou quatro bebês por mês.
Em abril, morreram 11 crianças. Quatro delas tinham nascido em outras instituições.
Em maio, 107 crianças haviam nascido hospital até ontem _53 delas precisaram ser internadas na UTI.
"É um índice absurdo, quase 50%. A gestante já chega em condição precária, sem ter feito pré-natal, desnutrida, às vezes vinda de locais distantes", disse Macário.
Normalmente, segundo ele, apenas 10% a 15% dos recém-nascidos necessitam de UTI.
Das 12 crianças mortas neste mês, até ontem, a maior parte apresentava má-formação congênita e insuficiência respiratória. Não há casos de infecção hospitalar.
O secretário estadual da Saúde, Jurandir Bóia, disse que "a situação não é grave ou caótica". Segundo ele, "nenhuma medida de emergência será tomada".
"Enquanto não aumentarmos o número de leitos vamos ter esse problema. Infelizmente, é a situação da saúde pública em todo o país", disse Bóia.
"Acontece que no último mês houve um pico maior, provocando a superlotação", afirmou. Segundo ele, a Maternidade Santa Mônica será reaberta no final de julho e deverá amenizar a situação.
"A maternidade foi praticamente construída de novo, mais moderna e com UTI neonatal com 30 leitos", declarou.
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