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24/05/2001
-
04h27
do Agora São Paulo
O novo preço da passagem de ônibus -R$ 1,40-, que passa a vigorar hoje, deve colocar em lados opostos prefeitura e perueiros que trabalham de forma regular.
Os cerca de 7.000 perueiros que possuem licença provisória são obrigados por lei a cobrar também R$ 1,40. Sob ameaça de perder a licença e o direito de participar da licitação para transporte alternativo, os donos de lotações que operam em linhas regulares prometem cobrar tarifa de R$ 1.
A concorrência dos clandestinos -cerca de 8.000- põe os veículos regulares em desvantagem. "Forçando o perueiro legalizado a cobrar R$ 1,40, a prefeita está favorecendo os clandestinos", diz José Célio dos Santos, presidente do SindLotação.
A fiscalização não será intensificada. De acordo com a SPTrans (São Paulo Transporte), empresa que coordena o transporte público na cidade de São Paulo, isso já ocorre hoje, apesar de o foco ser os veículos clandestinos. O serviço é operado por 50 fiscais da SPTrans, 50 policiais do CPTrans (Comando de Policiamento de Trânsito) e por guardas municipais. No mês passado, foram apreendidas 471 lotações.
Ônibus novos
Na tentativa de amenizar o impacto negativo da nova tarifa, a prefeitura se une aos empresários para entregar 30 novos ônibus.
A solenidade de entrega dos novos veículos ocorre no Palácio das Indústrias hoje. No acordo entre empresários e governo municipal, ficou definido que as empresas renovariam 10% da frota (cerca de mil ônibus) até o fim do ano.
Os ônibus pertencem às viações São Luiz (18), Tânia (10) e VIP (2), e circularão nas zonas sul e leste.
Ataques
As críticas da oposição à nova tarifa de ônibus em São Paulo foram rebatidas, ontem, pelo secretário municipal dos Transportes, Carlos Zarattini.
"É estranho o PSDB questionar o aumento da tarifa de ônibus, quando nunca tomou nenhum posicionamento sobre os aumentos da tarifa do metrô nem da cobrança do fornecimento de energia, que subiu 600% após as privatizações, ou ainda da água. Que planilha vai ser apresentada para explicar isso?", afirmou.
Zarattini atacou ainda a passeata realizada anteontem contra o aumento. "A Força Sindical nunca se posicionou sobre nada e agora que reuniu 200 pelegos quer fazer algum movimento", disse o secretário.
A manifestação recebeu o apoio da Força e de vereadores da oposição a Marta Suplicy.
Vote É correto as lotações serem obrigadas a cobrar R$ 1,40?
Tarifa de R$ 1,40 opõe perueiro e prefeitura
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O novo preço da passagem de ônibus -R$ 1,40-, que passa a vigorar hoje, deve colocar em lados opostos prefeitura e perueiros que trabalham de forma regular.
Os cerca de 7.000 perueiros que possuem licença provisória são obrigados por lei a cobrar também R$ 1,40. Sob ameaça de perder a licença e o direito de participar da licitação para transporte alternativo, os donos de lotações que operam em linhas regulares prometem cobrar tarifa de R$ 1.
A concorrência dos clandestinos -cerca de 8.000- põe os veículos regulares em desvantagem. "Forçando o perueiro legalizado a cobrar R$ 1,40, a prefeita está favorecendo os clandestinos", diz José Célio dos Santos, presidente do SindLotação.
A fiscalização não será intensificada. De acordo com a SPTrans (São Paulo Transporte), empresa que coordena o transporte público na cidade de São Paulo, isso já ocorre hoje, apesar de o foco ser os veículos clandestinos. O serviço é operado por 50 fiscais da SPTrans, 50 policiais do CPTrans (Comando de Policiamento de Trânsito) e por guardas municipais. No mês passado, foram apreendidas 471 lotações.
Ônibus novos
Na tentativa de amenizar o impacto negativo da nova tarifa, a prefeitura se une aos empresários para entregar 30 novos ônibus.
A solenidade de entrega dos novos veículos ocorre no Palácio das Indústrias hoje. No acordo entre empresários e governo municipal, ficou definido que as empresas renovariam 10% da frota (cerca de mil ônibus) até o fim do ano.
Os ônibus pertencem às viações São Luiz (18), Tânia (10) e VIP (2), e circularão nas zonas sul e leste.
Ataques
As críticas da oposição à nova tarifa de ônibus em São Paulo foram rebatidas, ontem, pelo secretário municipal dos Transportes, Carlos Zarattini.
"É estranho o PSDB questionar o aumento da tarifa de ônibus, quando nunca tomou nenhum posicionamento sobre os aumentos da tarifa do metrô nem da cobrança do fornecimento de energia, que subiu 600% após as privatizações, ou ainda da água. Que planilha vai ser apresentada para explicar isso?", afirmou.
Zarattini atacou ainda a passeata realizada anteontem contra o aumento. "A Força Sindical nunca se posicionou sobre nada e agora que reuniu 200 pelegos quer fazer algum movimento", disse o secretário.
A manifestação recebeu o apoio da Força e de vereadores da oposição a Marta Suplicy.
Vote É correto as lotações serem obrigadas a cobrar R$ 1,40?
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