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27/05/2001 - 19h05

Vigilância Sanitária pretende tirar do mercado mais 128 remédios

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da Folha Online

O gerente de medicamentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Maurício Vianna, disse que outros 128 medicamentos podem ser tirados do mercado.

Os remédios estão sendo analisados por algum tipo de irregularidade, praticada no Brasil ou no exterior, quanto à fórmula, à bula ou à indicação do produto. "As sanções aplicadas podem ser a proibição total do produto, alguma restrição com advertência", informou.

A Anvisa proibiu a venda de vários medicamentos considerados prejudiciais à saúde, como o Merthiolate, o Biotônico Fontoura, sulfato ferroso e outros à base da cisaprida, astemisol e ácido bórico.

"O astemisol é uma droga anti-alérgica que apresentava problemas de arritmia, sobretudo quando utilizada junto a outras drogas. Como já existem alternativas terapêuticas muito mais seguras, então entendemos que não valia a pena correr riscos e o retiramos do mercado", explicou Vianna.

É o caso também dos medicamentos à base de mercúrio, como o Merthiolate e o Thimersal. "O risco para quem vinha usando esses produtos é mínimo, mas como já temos outras fontes de exposição ao mercúrio - alimentos, principalmente - a preocupação foi ter um a menos", afirmou o gerente.

Fortificantes e estimulantes de apetite que contêm etanol também foram proibidos pela Anvisa. As empresas que produzem o Biotônico Fontoura e Sulfato Ferroso, por exemplo, deverão retirar o etanol (álcool etílico) da fórmula de seus produtos. A decisão tem como objetivo eliminar a exposição de crianças ao etanol, substância presente nesses produtos. Vianna afirmou que o etanol, segundo estudos clínicos, é um dos predisponentes ao alcoolismo.

A cisaprida, droga usada em casos de refluxo gástrico, teve seu uso limitado. "Havia um certo exagero na sua aplicação: as pessoas o tomavam simplesmente porque faziam grande ingestão de álcool. Por isso restringimos a sua indicação a casos realmente indispensáveis", disse. Dessa forma, o medicamento continua disponível no mercado, mas sob vigilância com retenção de receituário e somente um gastroenterologista pode prescrevê-la.

Outro medicamento a sofrer restrições foi o Hipoglós que para não ser retirado do mercado teve sua fórmula alterada com a retirada do ácido bórico. "Já está mais do que comprovado que esse ácido em contato com a pele lesionada é passível de ser absorvido, com riscos para a saúde, principalmente considerando que ele tem larga aplicação em assaduras infantis", afirmou Vianna.

As informações são da Agência Brasil.
 

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