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Passeata reúne 2,5 mil em homenagem garota assassinada em São Vicente
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JORGE DURAN
do Agora
Mais de 2.500 pessoas acompanharam a passeata de protesto contra a morte da estudante Emily Guedert de Araújo, 13, pelas ruas centrais de São Vicente (Baixada Santista). A jovem foi assassinada no domingo passado com um tiro na testa depois de se recusar a entregar uma máquina fotográfica para dois assaltantes adolescentes.
Durante a concentração da manifestação, na praia do Gonzaguinha, os pais da menor, Wilson Caetano de Araújo, 49 anos, e Ângela Guedert desabafaram. "Sou a favor de reduzir a idade do crime. Se ele [o acusado do assassinato] matou minha filha, tem que pagar por esse crime mesmo tendo 13 anos", disse Araújo. Os dois acusados estão detidos na delegacia da cidade.
Nesse desabafo, o pai também cobrou providências das autoridades. "Minha filha morreu e nenhum político de Brasília está preocupado. Eles só querem abafar as CPIs." Indo mais além nas suas críticas, ele atacou. "Vou processar o Estado por conta da demora da liberação do corpo da minha filha do IML (Instituto Médico Legal)", afirmou. Segundo ele, o velório só ocorreu na segunda-feira à tarde. "A demora foi porque o IML não tinha médico legista." A Secretaria de Segurança Pública vai investigar quais foram os procedimentos do IML.
A mãe de Emily, visivelmente emocionada, agradeceu os manifestantes. "Apesar de toda dor, esse movimento mostra que minha filha é amada. Mas minha maior dor é saber que quem matou ela foi um menor, da idade dela", disse.
A passeata reuniu colegas de escolas e professores da vítima que carregavam faixas e cartazes de protesto contra a insegurança e impunidade. Diversas famílias que passaram pela mesma dor engrossaram a passeata. Entre elas o advogado Ari Friedenbach, pai de Liana que foi assassinada, em 2003, junto com o namorado, Felipe Caffé. "Sabemos a dor que os pais estão passando", disse o advogado.
Ainda na praia, ocorreu um abaixo-assinado para pedir mudanças na lei penal. A passeata encerrou com uma missa.
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