PF prende 21 por contrabando na fronteira entre Brasil e Paraguai

Vinte e um integrantes de uma quadrilha que usava o lago Itaipu para contrabandear mercadorias do Paraguai para o Brasil foram presas nesta segunda-feira na operação Ouro Negro, da Polícia Federal.

A quadrilha era formada por células independentes que se associavam para transportar o contrabando --que variava de cigarros a notebooks. Segundo o delegado Alexander Dias, os grupos compravam as mercadorias separadamente no Paraguai e levavam até fazendas no lado paraguaio do lago, onde elas eram estocadas.

"Funcionava como uma cooperativa", diz Dias. As células reuniam suas mercadorias e atravessavam a fronteira usando barcos compartilhados. Depois, as mercadorias eram transportadas juntas nos mesmos caminhões para os destinatários finais. "Poderia haver caminhões com pneus e cigarros, cada um de uma célula diferente", diz Dias.

A operação foi batizada de Ouro Negro porque a PF inicialmente acreditava que o grupo contrabandeava apenas pneus. Durante as investigações, a polícia descobriu que as células também contrabandeavam brinquedos, cigarros e equipamentos de informática.

Ao todo, a Justiça expediu 29 mandados de prisão, mas 21 pessoas presas. Inicialmente, a PF havia divulgado que 22 pessoas haviam sido presas, mas o número foi corrigido. A PF acredita que ao menos dois dos foragidos vivam no Paraguai. Outros 43 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Ao todo, R$ 2,3 milhões em mercadorias foram apreendidos.