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22/06/2000
-
15h06
da Agência Folha, em Salvador
Um operário morreu e outros quatro ficaram feridos em uma suposta explosão seguida de incêndio na refinaria Landulpho Alves, da Petrobras, em São Francisco do Conde (BA).
O acidente aconteceu às 22h45 de quarta-feira (21) depois do vazamento de gás propano _altamente inflamável e tóxico_ na U-11 (Unidade de Desasfaltação a Propano) da refinaria. As causas do acidente estão sendo apuradas por comissão interna da Petrobras.
Nei Luiz de Melo Brito, 50, morreu carbonizado no local. Ele iria se aposentar na próxima semana.
Feridos, três operários foram transferidos para a Unidade de Queimados da clínica São Camilo, em Candeias, cidade vizinha, e o outro foi para uma unidade particular de Salvador. Dois continuam internados, mas não correm risco de morte.
Em nota oficial, a Petrobras não menciona a explosão, mas o Sindicato do Ramo Químico e Petroleiro aventa a possibilidade de ela ter ocorrido.
"Explosões acontecem sempre que há uma grande quantidade de propano num local. Um incêndio apenas não causaria a morte de um operário e o ferimento em outros quatro", afirmou o diretor do sindicato, Carlos Itaparica.
Essa é a terceira morte de operário em serviço só neste mês no complexo químico-industrial da região metropolitana de Salvador _que inclui as refinarias da Petrobras e o pólo petroquímico de Camaçari.
Neste ano, aconteceram 23 acidentes do gênero com três mortes. Em 99, o número de acidentes de trabalho na indústria química baiana chegou a 44. Cinco pessoas morreram, de acordo com o Sindicato do Ramo Químico e Petroleiro.
Para Carlos Itaparica, as mortes são fruto de um misto de sobrecarga de trabalho e falta de manutenção preventiva das fábricas. "Há cada vez menos funcionários para cada vez mais atividades. O pior de tudo é que não existe manutenção preventiva."
O sindicato baiano lançou campanha na última semana para estimular o operário a se recusar a trabalhar em locais onde considerar que há risco de morte.
"Há duas normas reguladoras do Ministério do Trabalho que nos dão base legal para a campanha", disse Itaparica.
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Operário morre e 4 ficam feridos em incêndio na BA
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Um operário morreu e outros quatro ficaram feridos em uma suposta explosão seguida de incêndio na refinaria Landulpho Alves, da Petrobras, em São Francisco do Conde (BA).
O acidente aconteceu às 22h45 de quarta-feira (21) depois do vazamento de gás propano _altamente inflamável e tóxico_ na U-11 (Unidade de Desasfaltação a Propano) da refinaria. As causas do acidente estão sendo apuradas por comissão interna da Petrobras.
Nei Luiz de Melo Brito, 50, morreu carbonizado no local. Ele iria se aposentar na próxima semana.
Feridos, três operários foram transferidos para a Unidade de Queimados da clínica São Camilo, em Candeias, cidade vizinha, e o outro foi para uma unidade particular de Salvador. Dois continuam internados, mas não correm risco de morte.
Em nota oficial, a Petrobras não menciona a explosão, mas o Sindicato do Ramo Químico e Petroleiro aventa a possibilidade de ela ter ocorrido.
"Explosões acontecem sempre que há uma grande quantidade de propano num local. Um incêndio apenas não causaria a morte de um operário e o ferimento em outros quatro", afirmou o diretor do sindicato, Carlos Itaparica.
Essa é a terceira morte de operário em serviço só neste mês no complexo químico-industrial da região metropolitana de Salvador _que inclui as refinarias da Petrobras e o pólo petroquímico de Camaçari.
Neste ano, aconteceram 23 acidentes do gênero com três mortes. Em 99, o número de acidentes de trabalho na indústria química baiana chegou a 44. Cinco pessoas morreram, de acordo com o Sindicato do Ramo Químico e Petroleiro.
Para Carlos Itaparica, as mortes são fruto de um misto de sobrecarga de trabalho e falta de manutenção preventiva das fábricas. "Há cada vez menos funcionários para cada vez mais atividades. O pior de tudo é que não existe manutenção preventiva."
O sindicato baiano lançou campanha na última semana para estimular o operário a se recusar a trabalhar em locais onde considerar que há risco de morte.
"Há duas normas reguladoras do Ministério do Trabalho que nos dão base legal para a campanha", disse Itaparica.
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