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Prefeitura de SP arrecadará R$ 30 mi com venda de crédito de carbono
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da Folha Online
A Prefeitura de São Paulo deve arrecadar ao menos R$ 30 milhões com a venda de créditos de carbono produzidos a partir do aterro sanitário Bandeirantes, em Perus (zona norte).
A verba será usada para projetos de recuperação ambiental na região --como parques, áreas verdes, a construção de praças e de áreas de lazer.
Os créditos de carbono são um produto de mercado criado pelo Protocolo de Kyoto, o tratado internacional de combate ao efeito estufa. Países ricos signatários do acordo se comprometeram a reduzir uma cota do dióxido de carbono e outros gases-estufa que emitem, mas não precisam fazer isso necessariamente em seu próprio território. Empresários que reduzam suas emissões nos países pobres podem gerar créditos de carbono, que são vendidos a nações industriais, permitindo a estas um abatimento nas emissões domésticas.
Para conseguir os créditos de carbono, a prefeitura, por meio da Biogás (concessionária que explora a queima de gás metano no aterro), protocolou junto à ONU (Organização das Nações Unidas), um pedido para que fossem emitidos certificados de emissão reduzida.
A venda caberá à BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), que programará um leilão para realizar a venda até o final deste ano. Para o prefeito Gilberto Kassab (DEM), trata-se de um dos projetos mais importantes ligados ao ambiente já realizados na capital.
"O mais importante é que os recursos com a venda nos créditos de carbono serão destinados à própria região onde está o aterro", afirmou o prefeito.
A venda dos créditos de carbono se referem à 800 mil toneladas geradas pelo aterro sanitário Bandeirantes, nos seus 27 anos de funcionamento.
Até 2012 o aterro tem condições de produzir outras 6.000 toneladas de carbono e, como o contrato com a concessionária estabelece que a empresa tem uma fatia de 50% no negócio, a prefeitura poderá comercializar outras 3.000 toneladas de carbono e levá-las a leilão na BM&F.
De acordo com a BM&F, a cotação atual de cada tonelada de crédito de carbono é, em média, de 16 euros, com isso o valor mínimo que será arrecadado até 2012 deverá ser de R$ 120 milhões, além dos R$ 30 milhões neste ano.
Segundo o presidente da BM&F, Manoel Félix Cintra, o leilão ainda precisa de aval da CVM (Comissão de Valores Mobiliares) e a expectativa é realizar o certame em outubro. Cintra explicou que a prefeitura não terá qualquer custo com a operação, no entanto, os interessados na compra pagarão um valor de 0,25% à BM&F, que administra o negócio.
Questionado se os projetos serão realizados até o final de sua gestão --em 2008--, Kassab disse que este é um projeto para a cidade e não apenas para um mandato.
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