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01/06/2001
-
03h50
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A Organização Mundial da Saúde quer que, até 2003, seja proibido fumar em todas as escolas e hospitais do mundo, e até 2006 metade dos locais de trabalho tenham banido o cigarro.
As metas são parte da campanha contra o fumo passivo, lançada ontem em Brasília pela Organização Pan-americana de Saúde e encampada pelo Ministério da Saúde. "Sei que as metas são ambiciosas, mas o fumo passivo é uma das nossas maiores preocupações hoje em dia", afirmou o representante da Opas no Brasil, Jacobo Finkelmann.
Dados da OMS mostram que o fumo passivo - em que a pessoa não fuma, mas absorve a fumaça em ambientes com fumantes - é a terceira causa mundial de mortes evitáveis. Perde apenas para o fumo ativo e o alcoolismo.
A Opas estima que entre 120 mil e 200 mil pessoas morrem todos os anos nas Américas por causa do fumo passivo. Também calcula que entre 50% e 70% dos habitantes dessas regiões estejam expostos à fumaça do cigarro.
"Essas pessoas são até mais prejudicadas que os fumantes", disse o ministro da Saúde, José Serra. "Quem fuma tem o filtro do cigarro para diminuir os efeitos, mas o fumante passivo recebe a fumaça direto, que tem mais de 40 substâncias cancerígenas".
Maços
O Ministério da Saúde também divulgou ontem os detalhes da campanha que obrigará as empresas de tabaco a usarem imagens dos males causados pelo cigarro nos maços e no material de propaganda.
Os maços terão, em toda a parte de trás, uma mensagem alertando para os males causados pelo cigarro e uma foto relacionada ocupando todo o espaço. São, ao todo, oito frases e oito imagens.
A imagem mais forte mostra um bebê prematuro e muito doente em uma incubadora. A frase trata dos problemas que as gestantes que fumam podem causar aos seus filhos.
A idéia de colocar fotos nos maços foi copiada de um programa semelhante iniciado há um ano no Canadá.
Mas o ministério optou por não usar o mesmo tipo de fotos - pulmões e gargantas com câncer, dentes estragados pelo fumo. "Estamos começando a campanha e optamos por imagens mais leves", explicou Serra. "Mas eventualmente as imagens serão trocadas e podemos usar esse tipo de fotos", comentou.
Prazo
As indústrias terão 90 dias para modificar suas embalagens. Quem não cumprir a determinação do ministério poderá ser multado entre R$ 2.000,00 e R$ 200 mil e ainda perder o registro do produto.
O ministro da Saúde recebeu ontem da Organização Mundial da Saúde o prêmio "Clearing the Air" (Limpando o Ar) pelas ações contra o cigarro adotadas nos últimos anos. O prêmio é concedido todos os anos para instituições ou pessoas que se destacaram no combate ao tabagismo.
Neste ano, além do ministro, o estúdio Mauricio de Sousa recebeu a menção honrosa por emprestar os personagens da Turma da Mônica para campanhas contra o cigarro.
Também foram premiados os ministérios da Saúde do Canadá, da Jamaica e de Honduras, a ONG (organização não-governamental) americana Americans for Nonsmoker's Rights e a administração da região de Waterloo, no Canadá.
Ministério quer proibir cigarro em escolas e hospitais até 2003
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A Organização Mundial da Saúde quer que, até 2003, seja proibido fumar em todas as escolas e hospitais do mundo, e até 2006 metade dos locais de trabalho tenham banido o cigarro.
As metas são parte da campanha contra o fumo passivo, lançada ontem em Brasília pela Organização Pan-americana de Saúde e encampada pelo Ministério da Saúde. "Sei que as metas são ambiciosas, mas o fumo passivo é uma das nossas maiores preocupações hoje em dia", afirmou o representante da Opas no Brasil, Jacobo Finkelmann.
Dados da OMS mostram que o fumo passivo - em que a pessoa não fuma, mas absorve a fumaça em ambientes com fumantes - é a terceira causa mundial de mortes evitáveis. Perde apenas para o fumo ativo e o alcoolismo.
A Opas estima que entre 120 mil e 200 mil pessoas morrem todos os anos nas Américas por causa do fumo passivo. Também calcula que entre 50% e 70% dos habitantes dessas regiões estejam expostos à fumaça do cigarro.
"Essas pessoas são até mais prejudicadas que os fumantes", disse o ministro da Saúde, José Serra. "Quem fuma tem o filtro do cigarro para diminuir os efeitos, mas o fumante passivo recebe a fumaça direto, que tem mais de 40 substâncias cancerígenas".
Maços
O Ministério da Saúde também divulgou ontem os detalhes da campanha que obrigará as empresas de tabaco a usarem imagens dos males causados pelo cigarro nos maços e no material de propaganda.
Os maços terão, em toda a parte de trás, uma mensagem alertando para os males causados pelo cigarro e uma foto relacionada ocupando todo o espaço. São, ao todo, oito frases e oito imagens.
A imagem mais forte mostra um bebê prematuro e muito doente em uma incubadora. A frase trata dos problemas que as gestantes que fumam podem causar aos seus filhos.
A idéia de colocar fotos nos maços foi copiada de um programa semelhante iniciado há um ano no Canadá.
Mas o ministério optou por não usar o mesmo tipo de fotos - pulmões e gargantas com câncer, dentes estragados pelo fumo. "Estamos começando a campanha e optamos por imagens mais leves", explicou Serra. "Mas eventualmente as imagens serão trocadas e podemos usar esse tipo de fotos", comentou.
Prazo
As indústrias terão 90 dias para modificar suas embalagens. Quem não cumprir a determinação do ministério poderá ser multado entre R$ 2.000,00 e R$ 200 mil e ainda perder o registro do produto.
O ministro da Saúde recebeu ontem da Organização Mundial da Saúde o prêmio "Clearing the Air" (Limpando o Ar) pelas ações contra o cigarro adotadas nos últimos anos. O prêmio é concedido todos os anos para instituições ou pessoas que se destacaram no combate ao tabagismo.
Neste ano, além do ministro, o estúdio Mauricio de Sousa recebeu a menção honrosa por emprestar os personagens da Turma da Mônica para campanhas contra o cigarro.
Também foram premiados os ministérios da Saúde do Canadá, da Jamaica e de Honduras, a ONG (organização não-governamental) americana Americans for Nonsmoker's Rights e a administração da região de Waterloo, no Canadá.
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