Prefeitura considera irresponsável greve de guardas na Grande SP

A Prefeitura da São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) considerou irresponsável a paralisação iniciada domingo (17) pelos guardas municipais. Em nota, a prefeitura disse ter sido surpreendida pela decisão.

Inicialmente, o protesto estava previsto para começar na terça (19). Um guarda ouvido pela Folha Online afirma que o movimento foi antecipado porque um colega se acorrentou ao mastro da bandeira do Brasil na sede da Guarda e, com um revólver, ameaçou se matar. Ele foi contido por um inspetor e por colegas de trabalho.

Um grupo de guardas permanece acampado em frente ao prédio, nesta segunda. Eles afirmam que uma assembléia deverá ser realizada no final da tarde para avaliar o movimento.

Segundo os manifestantes, os motivos da paralisação vão desde falta de equipamentos e carros para o trabalho, até assédio moral e ameaças por parte do comando da Guarda.

Em nota, a prefeitura afirma que, "há algum tempo", mantém conversas com uma comissão dos guardas e que algumas reivindicações já foram atendidas, "como a gratificação de 20% para motoristas, revalorização das referências dos graduados, seguro de vida e plano de ascensão funcional".

"Surpreendentemente, em uma atitude irresponsável, os guardas civis fizeram uma assembléia e decidiram pela greve de imediato. A Prefeitura de São Bernardo adotará as providências cabíveis, conforme estabelece a Lei de Greve", diz a nota.