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Presidente da Infraero critica entrada da iniciativa privada no setor
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da Folha Online
O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, afirmou nesta segunda-feira que admite a possibilidade de privatizar aeroportos do país, mas que um eventual processo precisa levar em conta o que ocorrerá com terminais pouco rentáveis. "Precisamos pensar primeiro no interesse público, ou o povo brasileiro continuará sofrendo. Quem aceitará investir em um aeroporto como o de Imperatriz [Maranhão], de Tabatinga [Amazonas]?"
Sobre o mesmo problema, a deputada federal Solange Amaral (DEM-RJ) propôs que os contratos prevejam o atrelamento da "meia dúzia" de aeroportos rentáveis do país a outros menores. "Essa é uma questão a ser estudada, mas quem for administrar o Santos Dumont [Rio], por exemplo, pode ficar também com outros cinco ou seis terminais menores."
O brigadeiro e a parlamentar participaram na manhã desta segunda do seminário "Um Novo Modelo de Gestão do Transporte Aéreo", da Fundação Liberdade e Cidadania, do DEM (Democratas). Da abertura do evento participaram o presidente do DEM, Jorge Bornhausen (SC), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o senador Marco Maciel (PE) e o deputado Rodrigo Maia (RJ).
No seminário, o clima era de incentivo à entrada da iniciativa privada no setor, principalmente no que diz respeito à administração dos aeroportos e à construção de um terceiro terminal de grande porte na região metropolitana de São Paulo.
"Se não conseguirmos atrair a iniciativa privada, como é no mundo inteiro, não há de onde tirar esse dinheiro [para investir na estrutura aeroportuária do país]. Se não implantarmos soluções, nós teremos mesmo é que relaxar e gozar", afirmou o comandante Décio Corrêa, piloto comercial e conselheiro da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em referência à ministra do Turismo, Marta Suplicy, que recomendou semana passada aos passageiros atingidos pela crise aérea que "relaxem e gozem".
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