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06/06/2001
-
09h30
GUTO GONÇALVES
da Folha Online
Divergências na base governista estão emperrando as votações de projetos do Executivo paulista e paralisam os trabalhos na Câmara Municipal. Petistas tentam acordo em reunião hope com o secretário de Governo, Rui Falcão, para reiniciar as votações.
A criação de um Plano Diretor para a cidade, de subprefeituras, da bolsa trabalho, de 1024 novos cargos na administração municipal, entre outros projetos, estão na gaveta esperando a prefeita Marta Suplicy (PT) compor a base e conquistar os 28 votos necessários para aprovar qualquer medida.
As rivalidades políticas entre o líder de Marta, o vereador José Mentor, e o presidente do Legislativo, José Eduardo Cardoso, a demora nas negociações de cargos com o PMDB e com a própria base petista e a pressão do PT para que o governo Marta decole são os principais fatores de crise na Câmara.
PMDB
Vereadores do PMDB avisam: "migalhas de carguinhos não serão aceitos em troca do apoio a Marta". Peemedebistas querem o controle da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo). O PMDB indica aliados para a companhia desde a gestão de Celso Pitta (PTN).
O PT nacional negocia cargos na gestão Marta apenas com a palavra de peemedebistas de que eles estarão nas ruas no segundo turno de 2002 pelo voto de candidatos do PT na eleição estadual e federal. Peemedebistas consideram muito cedo negociar 2002...
Sem os seis votos do PMDB, petistas iniciam entendimentos com a bancada de evangélicos formada por nove vereadores. Cargos na prefeitura estão abertos.
Pedras no sapato
A coligação que elegeu Marta conta com 16 vereadores do PT e três do PC do B. O grupo de 19 não está imune às crises. O projeto do Executivo que aprovou aumento de até 40% para secretários e cargos de confiança serviu para revelar que três vereadores (Cláudio Fonseca, Lucila Pizani e João Antônio) não compartilham de euforia por projetos que excluam servidores públicos.
"Temos que primeiro unificar nossa base para depois ir atrás de outros partidos", diz vereador do PT. A bancada governista está reunida para aparar as divergências.
O presidente do Legislativo, José Eduardo Cardoso, que luta para viabilizar sua candidatura ao Senado em 2002, esbarra em rivalidades internas para exercer um mandato eficiente. Como o deputado federal Aloizio Mercadante já é o candidato da direção do PT ao Senado, Cardoso não deve contar com o apoio da máquina para chegar a Brasília.
O tempo passa
A maior preocupação do Executivo municipal é com o desgaste da administração Marta. Pesquisas internas do PT revelam que o namoro da população com a prefeita ficou abalado após o aumento da tarifa de ônibus, de R$ 1,15 para R$ 1,40. O índice de aprovação a Marta caiu. O partido não revela os números.
A direção do PT nacional pressiona para que a gestão de Marta seja a principal bandeira na campanha eleitoral de 2002. Petistas querem mostrar que o partido sabe governar e é a principal alternativa de esquerda.
Crise na base governista de Marta emperra votações na Câmara
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da Folha Online
Divergências na base governista estão emperrando as votações de projetos do Executivo paulista e paralisam os trabalhos na Câmara Municipal. Petistas tentam acordo em reunião hope com o secretário de Governo, Rui Falcão, para reiniciar as votações.
A criação de um Plano Diretor para a cidade, de subprefeituras, da bolsa trabalho, de 1024 novos cargos na administração municipal, entre outros projetos, estão na gaveta esperando a prefeita Marta Suplicy (PT) compor a base e conquistar os 28 votos necessários para aprovar qualquer medida.
As rivalidades políticas entre o líder de Marta, o vereador José Mentor, e o presidente do Legislativo, José Eduardo Cardoso, a demora nas negociações de cargos com o PMDB e com a própria base petista e a pressão do PT para que o governo Marta decole são os principais fatores de crise na Câmara.
PMDB
Vereadores do PMDB avisam: "migalhas de carguinhos não serão aceitos em troca do apoio a Marta". Peemedebistas querem o controle da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo). O PMDB indica aliados para a companhia desde a gestão de Celso Pitta (PTN).
O PT nacional negocia cargos na gestão Marta apenas com a palavra de peemedebistas de que eles estarão nas ruas no segundo turno de 2002 pelo voto de candidatos do PT na eleição estadual e federal. Peemedebistas consideram muito cedo negociar 2002...
Sem os seis votos do PMDB, petistas iniciam entendimentos com a bancada de evangélicos formada por nove vereadores. Cargos na prefeitura estão abertos.
Pedras no sapato
A coligação que elegeu Marta conta com 16 vereadores do PT e três do PC do B. O grupo de 19 não está imune às crises. O projeto do Executivo que aprovou aumento de até 40% para secretários e cargos de confiança serviu para revelar que três vereadores (Cláudio Fonseca, Lucila Pizani e João Antônio) não compartilham de euforia por projetos que excluam servidores públicos.
"Temos que primeiro unificar nossa base para depois ir atrás de outros partidos", diz vereador do PT. A bancada governista está reunida para aparar as divergências.
O presidente do Legislativo, José Eduardo Cardoso, que luta para viabilizar sua candidatura ao Senado em 2002, esbarra em rivalidades internas para exercer um mandato eficiente. Como o deputado federal Aloizio Mercadante já é o candidato da direção do PT ao Senado, Cardoso não deve contar com o apoio da máquina para chegar a Brasília.
O tempo passa
A maior preocupação do Executivo municipal é com o desgaste da administração Marta. Pesquisas internas do PT revelam que o namoro da população com a prefeita ficou abalado após o aumento da tarifa de ônibus, de R$ 1,15 para R$ 1,40. O índice de aprovação a Marta caiu. O partido não revela os números.
A direção do PT nacional pressiona para que a gestão de Marta seja a principal bandeira na campanha eleitoral de 2002. Petistas querem mostrar que o partido sabe governar e é a principal alternativa de esquerda.
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