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22/06/2007 - 15h14

Presidente da CPI da Câmara pede que ministros fiquem calados

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da CPI do Apagão Aéreo da Câmara, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), afirmou nesta sexta-feira que declarações "infelizes" de ministros pioraram ainda mais a situação do governo como gestor da crise aérea.

"Fizemos um apelo para o ministro [Waldir Pires, da Defesa] dizer ao presidente Lula e aos demais ministros para não complicarem. Se não puderem colaborar, fiquem calados. Fica parecendo que o governo está pouco se preocupando com os passageiros", disse o deputado.

Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o atrasos de vôos e cancelamentos sequenciais que a população tem enfrentado desde setembro passado são "fruto da prosperidade do país". "Não há caos aéreo. Os problemas ocorrem pelo aumento do fluxo. É a prosperidade do país: mais gente viajando, mais aviões e mais rotas."

Antes dele, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, aconselhou a população a "relaxar e gozar" para enfrentar a crise aérea. Ela se desculpou em seguida pela "frase infeliz".

Num recado ao ministro Mantega, Castro disse que ele "botou a colher onde não deve" e acabou atrapalhando.

Integrantes da comissão alertaram hoje o ministro da Defesa sobre o risco da crise aérea ficar ainda pior se não houver uma intervenção na falta de diálogo entre controladores de vôo e a Aeronáutica.

Segundo Castro, a comissão avalia que a falta de diálogo é a principal responsável pela nova crise do setor aéreo. "Há falta total de comunicação entre as partes, que chega à radicalização. Os nervos estão à flor da pele. Se não houver interlocução confiável para acalmar os ânimos e levantar a bandeira branca, a situação tende a se agravar", afirmou.

Parte dos deputados da CPI visitou nesta semana o Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, onde constataram que os ânimos entre controladores e o comando da Aeronáutica estão exaltados.

 

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