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Promotor denuncia acusados da morte de João Hélio por roubo
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da Folha Online
O promotor Márcio Mothe, da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público do Rio, denunciou à Justiça Diego Nascimento da Silva e Carlos Eduardo Toledo Lima, dois acusados pela morte do garoto João Hélio Fernandes, 6, em 7 de fevereiro deste ano, por roubo qualificado.
A denúncia se refere a um outro caso, ocorrido antes da morte de João Hélio. Segundo o promotor, no dia 20 de janeiro deste ano, Silva, Lima e outros três criminosos não identificados, estavam em um Honda Civic rua Goiás, em Taquara, na zona norte do Rio. Eles desceram no carro e tentaram roubar um Suzuki Vitara, ocupado por três pessoas.
De acordo com Mothe, em depoimento registrado no 28º DP (Campinho), os três ocupantes do Vitara relataram que os cinco criminosos estavam armados com fuzis e pistolas. Um deles, Lima, manteve as três vítimas sob a mira de um fuzil. "O relato das vítimas aponta que Carlos Eduardo [Lima] afirmou diversas vezes que se dependesse só dele iria matá-los", afirma Mothe.
Ainda segundo o relato do boletim de ocorrência, segundo o promotor, os criminosos não conseguiram acionar o veículo --dotado de um sistema hidramático, que é um comando automático acionado por meio de sistema hidráulico-- e passaram a roubar documentos, cartões de banco e telefone celular dos três ocupantes do carro.
Após o roubo os cinco criminosos fugiram no Honda Civic.
Segundo o promotor, o crime comprova que Lima e Silva agiram em outras oportunidades na região, uma vez que o local fica na mesma região onde ocorreu a morte de João Hélio, em Oswaldo Cruz, também na zona norte. Se acatado pela Justiça, a pena por roubo qualificado é de 6 a 15 anos de prisão, o que pode complicar ainda mais a situação deles.
João Hélio
A morte de João Hélio ocorreu no início de fevereiro. Ele estava com a mãe, Rosa Cristina Fernandes, e a irmã, Aline, de 14 anos, quando o carro deles foi parado por criminosos, em Oswaldo Cruz (zona norte).
Rosa e a filha conseguiram sair. Quando a mãe tentava retirar o menino do carro, os ladrões aceleraram e ele ficou pendurado do lado de fora, preso ao cinto de segurança. João foi arrastado por aproximadamente 7 km.
As investigações da polícia levaram à prisão de quatro adultos e de um menor de 18 anos, acusados como responsáveis pelo crime. O adolescente cumpre medida socioeducativa decretada pela Justiça. Ele poderá ficar internado de um a três anos. Os demais, permanecem presos.
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