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12/06/2001 - 08h14

Rebelados ameaçam explodir presídio se a polícia invadir a PCE

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LÍVIA MARRA
da Folha Online

Os presos rebelados da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, região metropolitana de Curitiba (PR), ameaçam explodir o presídio, caso a Polícia Militar invada o local. Os presos dizem ter espalhado botijões de gás em pontos estratégicos da PCE.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a "bomba" seria acionada com fios elétricos. A energia do presídio foi cortada.

Os líderes do movimento _integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital)_ ameaçam ainda iniciar rebeliões em seis Estados, se as transferências não ocorrerem.

A rebelião na PCE começou quarta-feira (6). Vinte e seis agentes penitenciários foram mantidos reféns. Três deles foram libertados ontem. Nesta segunda-feira foi confirmada também a morte do agente penitenciário Luciano Amâncio, 30, e de três presos.

Os presos dizem que os 22 agentes que permanecem mantidos reféns serão libertados apenas quando ocorrerem as transferências dos 23 líderes da rebelião. Nesta manhã, as negociações serão retomadas.

Entre os 13 presos que deverão vir para presídios paulistas está o líder do motim, José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e como o mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.

A tropa de choque está de prontidão, na entrada da PCE, o maior presídio do Paraná.

Agitação
A presença da tropa de choque na porta do presídio deixou os presos "agitados", segundo a Secretaria da Segurança Pública.

Segundo a secretaria, os rebelados, que costumavam se recolher à noite, permaneceram circulando pelo presídio durante toda a noite e madrugada.

Reivindicações
Os rebelados, que há uma semana pediam somente a transferência dos 23 líderes, para acabar com a rebelião, fizeram ontem outros dois pedidos.

Os presos querem um documento assinado pelo ministro da Justiça, José Gregori, afirmando que não sofrerão retaliações e reivindicam que todas as transferências sejam feitas de avião.

Segundo a secretaria da Segurança, uma carta do Ministério da Justiça já foi apresentada aos presos, e rejeitada por não estar assinada pelo ministro.

Quanto às transferências, a secretaria afirma que, por enquanto, está mantido o esquema já montado. A assessoria de imprensa da secretaria informou que os presos seriam levados de avião para o Acre e Pará. Para os demais Estados [São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul], a transferência seria por terra, com escolta da Polícia Militar.



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