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15/06/2001 - 09h39

Promotoria apura lixo tóxico em Jacareí (SP)

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da Folha Vale

O Ministério Público de Jacareí (75 km a leste de São Paulo) abriu um procedimento investigatório para apurar o depósito de lixo tóxico em um aterro clandestino localizado entre os bairros Cidade Nova Jacareí e Veraneio Ijal, em Jacareí.

A investigação foi aberta pela promotora Cristina Godoy de Araújo Freitas, após a publicação de reportagem na imprensa local e o envio de reclamação por um morador à Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).

Vistoria feita pela Cetesb no local no dia 3 de março constatou a existência de 27 tambores, com volume de 200 litros cada um, contendo resíduos de produtos químicos inflamáveis, a maioria borra de tinta e solventes.

Em laudo que será enviado na próxima semana ao Ministério Público, a Cetesb informou que pelo menos 22 tambores estavam em processo de combustão e alguns haviam explodido.

No laudo, a Cetesb informa, ainda, que a área onde os tambores foram dispostos é "um local onde se observa a presença constante de catadores".

Durante a inspeção, técnicos do órgão encontraram dois adultos e duas crianças (de 10 e 8 anos) catando lixo próximos à área onde havia ocorrido a explosão de tambores, com a liberação de fumaça intoxicante.

A Cetesb precisou pedir ajuda ao Corpo dos Bombeiros, para apagar o fogo, e de empresas da região, como a Cognis, Rohm and Haas e a Cebrace, para remover os tambores.

Segundo a Cetesb, o lixo estava sendo depositado no local pela empresa Wellington Eiji Furusawa e era proveniente da empresa Metalúrgica Barra do Piraí, com sede Matão (SP). As empresas foram notificadas e retiraram o lixo do local.

A Wellington Eiji é contratada pela metalúrgica para recuperar as borras de tintas e solventes da empresa, o que não foi feito.

A Cetesb de Jacareí encaminhou à agência da companhia de Araraquara, que responde pela região de Matão, um comunicado sobre o procedimento da metalúrgica em relação aos seus resíduos, o que resultou em uma multa de R$ 39.320 mil para a empresa.

"Ela é a responsável pela idoneidade da empresa que contrata para cuidar de seus resíduos químicos. Se a Wellington não tomou as providências necessárias, ela acaba pagando por isso", disse o gerente da agência da Cetesb de Jacareí, José Roberto Schmidt.

Segundo o gerente, a Wellington não soube responder à Cetesb porque a carga foi descarregada no local. A Folha não consegui contato com a empresa.
 

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