Beira-Mar é transferido para presídio de Campo Grande

A Polícia Federal e o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), vinculado ao Ministério da Justiça, transferiram nesta quarta-feira o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, para o presídio federal de Campo Grande (MS). Beira-Mar estava preso desde junho de 2006 no presídio federal de Catanduvas (PR).

Hoje o traficante seguiu de carro a Foz do Iguaçu (PR) e depois embarcou em um jato da PF, que pousou em Campo Grande às 14h15 (horário de Brasília).

Ao menos 50 homens da Força Aérea, 15 agentes penitenciários e 12 policiais federais faziam a segurança na Base Aérea de Campo Grande, quando o avião chegou.

A decisão de transferir o traficante para Campo Grande foi da Justiça Federal do Paraná.

Em abril a Folha revelou que Beira-Mar, segundo relatório reservado PF, havia assumido o posto de chefe dos demais internos de Catanduvas, na época com 141 presos. Tanto o presídio de Campo Grande como o paranaense têm capacidade para 208 pessoas.

Ainda conforme o relatório da PF, o traficante carioca ajudava presos mais pobres, contratando advogados e alugando apartamentos em Catanduvas "para que servissem de albergue para familiares de presos".

Já em Campo Grande, um comboio de oito veículos, incluindo um microônibus, foi usado na transferência de Beira-Mar, que estava com um colete à prova de balas da PF e algemado nas mãos e nos pés. Ele vestia uniforme do presídio e seguiu em uma van.

Junto com Beira-Mar, foi trazido a Campo Grande um outro interno de Catanduvas. O Ministério da Justiça não revelou o nome desse preso nem quanto foi gasto na transferência de Beira-Mar.

Com a chegada de Beira-Mar e do outro preso, o número de internos no presídio de Campo Grande passa a 58.

Inaugurado em dezembro de 2006, o presídio custou R$ 25 milhões. Tem 200 câmeras de monitoramento, além de nove detectores de metais e dois aparelhos de raios-X.