Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/06/2001 - 17h19

Fleury Filho repetiria ação no Carandiru e defende absolvição de coronel

Publicidade

GUTO GONÇALVES
da Folha Online

O ex-governador e deputado federal Fleury Filho (PTB) disse que teria dado a ordem em 92 para a PM entrar no Carandiru para acabar com a rebelião de presos assim como teria ordenado hoje, "mesmo sabendo das consequências".

"O coronel Ubiratan Guimarães recebeu um ordem legítima e agiu corretamente. Se estivesse no meu gabinete na época teria autorizado e autorizaria hoje, mesmo sabendo das consequências", afirmou. Para o deputado, a absolvição do coronel é uma questão de Justiça.

Na tarde de 2 de outubro de 1992, o então governador Antônio Fleury Filho, estava viajando pelo interior, em Sorocaba. Segundo o deputado, ele soube apenas 'superficialmente' sobre o ocorrido, no final da tarde da sexta-feira do massacre.

Segundo o coronel da reserva Ubiratan Guimarães, a decisão de invadir o pavilhão 9 para "sufocar" a rebelião foi tomada após conversa por telefone com o ex-secretário Pedro Franco de Campos. "Você que está no local, avalie e faça o que tem que fazer", teria dito Campos.

Ubiratan está sendo julgado pela morte de 111 presos e tentativa de homicídio de outras cinco pessoas no massacre do Carandiru.

O ex-governador está acompanhando o julgamento, mas prefere fazer comentários sobre o dia do massacre apenas após o resultado final. O deputado diz que não quer influenciar em nada os jurados.

Fleury Filho elogiou o trabalho do advogado de defesa Vicente Cascione. "Somos amigos pessoais, ele fez juri comigo quando eu era promotor. Cascione é extremamente competente."

Na avaliação do ex-governador, as últimas ações do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua nos presídios de São Paulo, só beneficiam o réu. "A população não aguenta mais tanta desordem", disse.

Defesa

O advogado Vicente Cascione requereu hoje durante o julgamento do coronel da reserva Ubiratan Guimarães que o Conselho de Sentença, formado por sete jurados, visite o Carandiru para melhor conhecer a situação dos presídio na época da rebelião. "É preciso sentir o clima do local para saber como foi a decisão do coronel", disse o advogado.

A juíza Maria Cristina Cotrofe ainda não deliberou sobre o requerimento de Cascione. Caso seja aceito, iriam visitar o presídio os jurados os advogados de defesa e acusação e a juíza.

Leia especial sobre o massacre do Carandiru
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página