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22/06/2001
-
07h21
JAIRO MARQUES
da Agência Folha
Florianópolis (SC) é a primeira e única capital brasileira a conseguir baixar a um dígito a taxa de mortalidade infantil, igualando o índice aos apontados em países do Primeiro Mundo. O resultado, segundo os órgãos de saúde, é fruto da prioridade absoluta aos programas de atendimento à gestante e ao recém-nascido.
De 1996 a 2001, a mortalidade de crianças de 0 a 1 ano na capital catarinense caiu de 21,6 por 1.000 nascidos vivos para 8,8 por 1.000, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, dado ratificado pelo Ministério da Saúde.
"É sem dúvida um resultado fantástico ocasionado por um trabalho em equipe e atenção total à gestante e ao bebê", disse Ana Goretti Kalume Maranhão, coordenadora do Programa de Saúde da Criança, do Ministério da Saúde.
O projeto Capital Criança, tocado pela Prefeitura de Florianópolis, consiste basicamente no acompanhamento sistemático da gestante e do bebê, na garantia nutricional da criança e no controle das vacinas.
Praticamente 100% das mulheres grávidas da cidade são orientadas e supervisionadas por 600 agentes de saúde.
"O que fazemos é a otimização do que o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece. A contrapartida da prefeitura é igual a das outras cidades. Não há segredos", disse Manoel Américo Barros Filho, secretário municipal da Saúde.
Toda gestante da cidade tem direito a uma consulta mensal ao
ginecologista, uma consulta com um pediatra, um exame de ultra-sonografia, parto em hospital público e uma visita à maternidade.
Mulheres portadoras do HIV ganham cesta básica e acompanhamento especial. Também há atividades educativas e psicoterapia para as futuras mães.
"Quando a mulher chega ao posto com atraso menstrual, imediatamente nós a encaminhamos para fazer o exame de gravidez", afirmou Rita de Cássia Almeida Coelho, da coordenação do programa Capital Criança.
O demógrafo Celso Simões, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), disse que, levando em conta os procedimentos demográficos, a queda da mortalidade infantil em Florianópolis teve uma velocidade muito acentuada. "Eu não coloco em dúvida o número e acredito que haja bons programas no município para combater a mortalidade. Mas é preciso estudar se o controle dos dados é rígido e se os métodos de medição estão dentro de padrões adequados".
Maceió (AL) é a capital brasileira com o pior índice de mortalidade em crianças de 0 a 1 ano -47,2 mortes por mil nascidos vivos.
Kit
Ao nascer, os bebês florianopolitanos ganham um kit com álcool a 70%, gaze, creme para assadura, termômetro e certificado de boas-vindas. É tirada ainda uma foto do recém-nascido, que será entregue à mãe, que é informada sobre a hora e a data da primeira consulta médica do bebê a um pediatra.
"Pensamos na idéia da foto porque é comprovado que a criança que não conhece sua imagem quando bebê pode apresentar problemas emocionais", disse o secretário Barros Filho.
Os bebês têm consultas com pediatras mensalmente. Agentes de saúde fazem controle em relação à nutrição e à vacinação. Crianças desnutridas recebem leite e cestas básicas feitas por nutricionistas.
Florianópolis é a capital com menor índice de mortalidade infantil
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da Agência Folha
Florianópolis (SC) é a primeira e única capital brasileira a conseguir baixar a um dígito a taxa de mortalidade infantil, igualando o índice aos apontados em países do Primeiro Mundo. O resultado, segundo os órgãos de saúde, é fruto da prioridade absoluta aos programas de atendimento à gestante e ao recém-nascido.
De 1996 a 2001, a mortalidade de crianças de 0 a 1 ano na capital catarinense caiu de 21,6 por 1.000 nascidos vivos para 8,8 por 1.000, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, dado ratificado pelo Ministério da Saúde.
"É sem dúvida um resultado fantástico ocasionado por um trabalho em equipe e atenção total à gestante e ao bebê", disse Ana Goretti Kalume Maranhão, coordenadora do Programa de Saúde da Criança, do Ministério da Saúde.
O projeto Capital Criança, tocado pela Prefeitura de Florianópolis, consiste basicamente no acompanhamento sistemático da gestante e do bebê, na garantia nutricional da criança e no controle das vacinas.
Praticamente 100% das mulheres grávidas da cidade são orientadas e supervisionadas por 600 agentes de saúde.
"O que fazemos é a otimização do que o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece. A contrapartida da prefeitura é igual a das outras cidades. Não há segredos", disse Manoel Américo Barros Filho, secretário municipal da Saúde.
Toda gestante da cidade tem direito a uma consulta mensal ao
ginecologista, uma consulta com um pediatra, um exame de ultra-sonografia, parto em hospital público e uma visita à maternidade.
Mulheres portadoras do HIV ganham cesta básica e acompanhamento especial. Também há atividades educativas e psicoterapia para as futuras mães.
"Quando a mulher chega ao posto com atraso menstrual, imediatamente nós a encaminhamos para fazer o exame de gravidez", afirmou Rita de Cássia Almeida Coelho, da coordenação do programa Capital Criança.
O demógrafo Celso Simões, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), disse que, levando em conta os procedimentos demográficos, a queda da mortalidade infantil em Florianópolis teve uma velocidade muito acentuada. "Eu não coloco em dúvida o número e acredito que haja bons programas no município para combater a mortalidade. Mas é preciso estudar se o controle dos dados é rígido e se os métodos de medição estão dentro de padrões adequados".
Maceió (AL) é a capital brasileira com o pior índice de mortalidade em crianças de 0 a 1 ano -47,2 mortes por mil nascidos vivos.
Kit
Ao nascer, os bebês florianopolitanos ganham um kit com álcool a 70%, gaze, creme para assadura, termômetro e certificado de boas-vindas. É tirada ainda uma foto do recém-nascido, que será entregue à mãe, que é informada sobre a hora e a data da primeira consulta médica do bebê a um pediatra.
"Pensamos na idéia da foto porque é comprovado que a criança que não conhece sua imagem quando bebê pode apresentar problemas emocionais", disse o secretário Barros Filho.
Os bebês têm consultas com pediatras mensalmente. Agentes de saúde fazem controle em relação à nutrição e à vacinação. Crianças desnutridas recebem leite e cestas básicas feitas por nutricionistas.
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