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27/06/2001
-
18h48
GUTO GONÇALVES
da Folha Online
A principal testemunha de defesa do coronel Ubiratan Guimarães, o ex-assessor especial da Segurança Pública, Antônio Luiz Filardi, disse que o coronel não participou da ação no Carandiru porque saiu no momento em que houve a invasão, devido a uma explosão.
"O coronel saiu entre cinco e dez minutos depois de ter entrado no local onde estavam os presos rebelados. Aparentemente ele não estava ferido, mas certamente estava muito grogue. A ordem foi retirá-lo", disse Filardi.
Na época da invasão do Carandiru, o ex-assessor era o responsável, na Secretaria da Segurança Pública, em comunicar ao governo e ao secretário sobre as rebeliões em presídios, principalmente no Carandiru.
"Havia uma linha direta entre mim e a Casa de Detenção. O diretor me ligava logo que havia algum problema", disse.
Filardi afirmou ainda que às 10h do dia 2 de outubro de 1992, foi avisado de que havia uma anomalia no presídio, mas nada grave. No entanto, volta das 15h, o diretor do presídio avisou Filardi de que agentes penitenciários haviam perdido o controle da situação.
O ex-assessor disse que somente nesta hora se dirigiu ao presídio, após avisar o secretário Pedro Franco de Campos sobre o tumulto.
Segundo Filardi, o coronel já estava no local e já havia um consenso de que era importante entrar no presídio para acabar com a rebelião.
Questionado pela juíza se houve ordem para que a polícia entrasse fortemente armada, ele disse que não, mas que a PM usou "o armamento normal".
A principal testemunha de defesa disse que a presença do coronel no presídio era sinônimo de tranquilidade e que no momento da explosão, houve um boato de que o coronel teria morrido.
"Isso poderia ter interferido no ânimo da tropa, mas isso é só uma suposição", afirmou Filardi.
O ex-assessor caracterizou o momento de entrada da polícia como de muita tensão.
"Os corredores estavam escuros, o chão escorregadio, havia fogo e 2.000 homens fora das celas".
O testemunho de Filardi comprova todas as teses defendidas pelo advogado Vicente Cascione. Extremamente bem preparado, a testemunha fez descrições minuciosas do dia do massacre.
A principal tese da defesa, de que o coronel não participou do massacre, é o principal argumento do ex-assessor na defesa de Ubiratan.
Até o momento, apenas a juiza e o advogado da defesa interrogaram a testemunha. A sessão foi interrompida para café. A promotoria não quis antecipar, mas garante ter provas de que o depoimento de Filardi é inconsistente.
Testemunha da defesa diz que coronel não participou do massacre
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da Folha Online
A principal testemunha de defesa do coronel Ubiratan Guimarães, o ex-assessor especial da Segurança Pública, Antônio Luiz Filardi, disse que o coronel não participou da ação no Carandiru porque saiu no momento em que houve a invasão, devido a uma explosão.
"O coronel saiu entre cinco e dez minutos depois de ter entrado no local onde estavam os presos rebelados. Aparentemente ele não estava ferido, mas certamente estava muito grogue. A ordem foi retirá-lo", disse Filardi.
Na época da invasão do Carandiru, o ex-assessor era o responsável, na Secretaria da Segurança Pública, em comunicar ao governo e ao secretário sobre as rebeliões em presídios, principalmente no Carandiru.
"Havia uma linha direta entre mim e a Casa de Detenção. O diretor me ligava logo que havia algum problema", disse.
Filardi afirmou ainda que às 10h do dia 2 de outubro de 1992, foi avisado de que havia uma anomalia no presídio, mas nada grave. No entanto, volta das 15h, o diretor do presídio avisou Filardi de que agentes penitenciários haviam perdido o controle da situação.
O ex-assessor disse que somente nesta hora se dirigiu ao presídio, após avisar o secretário Pedro Franco de Campos sobre o tumulto.
Segundo Filardi, o coronel já estava no local e já havia um consenso de que era importante entrar no presídio para acabar com a rebelião.
Questionado pela juíza se houve ordem para que a polícia entrasse fortemente armada, ele disse que não, mas que a PM usou "o armamento normal".
A principal testemunha de defesa disse que a presença do coronel no presídio era sinônimo de tranquilidade e que no momento da explosão, houve um boato de que o coronel teria morrido.
"Isso poderia ter interferido no ânimo da tropa, mas isso é só uma suposição", afirmou Filardi.
O ex-assessor caracterizou o momento de entrada da polícia como de muita tensão.
"Os corredores estavam escuros, o chão escorregadio, havia fogo e 2.000 homens fora das celas".
O testemunho de Filardi comprova todas as teses defendidas pelo advogado Vicente Cascione. Extremamente bem preparado, a testemunha fez descrições minuciosas do dia do massacre.
A principal tese da defesa, de que o coronel não participou do massacre, é o principal argumento do ex-assessor na defesa de Ubiratan.
Até o momento, apenas a juiza e o advogado da defesa interrogaram a testemunha. A sessão foi interrompida para café. A promotoria não quis antecipar, mas garante ter provas de que o depoimento de Filardi é inconsistente.
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