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29/06/2001 - 09h57

Defesa de coronel diz que pedido de advogado de PMs é legítimo

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GUTO GONÇALVES
da Folha Online

A defesa do coronel Ubiratan Guimarães disse que é legítimo o pedido de liminar feito pela defesa de 48 PMs envolvidos no massacre do Carandiru para suspender o julgamento do coronel.

O advogado de defesa Vicente Cascione não quis se pronunciar sobre a decisão que será dada pelo Tribunal de Justiça, porém, disse que o desmembramento do processo pode realmente prejudicar a defesa dos outros 48 réus.

Há seis anos, quando Ubiratan assumiu a cadeira na Assembléia Legislativa, o Ministério Público requereu o desmembramento do processo dos acusados do massacre. Como deputado estadual, o coronel só poderia ser julgado pela Justiça comum.

Aberto o processo, foi requerida na época a quebra da imunidade parlamentar para que Ubiratan fosse julgado. Como a decisão da quebra da imunidade demorou a ser adotada, o mandato do coronel terminou e ele não conseguiu a reeleição.

O processo, em curso na Justiça comum, teve um encaminhamento mais rápido do que o processo dos outros acusados, em razão de ser apenas um réu. Na avalição da promotoria, não há nenhuma ilegalidade no desdobramento do processo.

Em relação à atitute da defesa dos PMs, para Cascione, o que deveria ser requerido é um desentranhamento do processo, ou seja, logo que tivesse início o processo dos 48 réus, o advogado deveria pedir para que fosse retirado tudo aquilo que foi produzido no julgamento de Ubiratan.

Cascione disse que não aguarda apresentação de novidades por parte da promotoria. "Os promotores não podem apresentar nenhuma prova nova sem o conhecimento da defesa três dias antes", disse.

O advogado disse ainda que requereu à juíza um aumento das horas para debate. Defesa e acusação têm duas horas cada. "O Brasil é o único país do mundo que limita o tempo do debate", disse.

Cascione fumou três cigarros em 20 minutos de conversa com a imprensa.

Leia mais sobre o massacre do Carandiru.
 

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