CPI vai apurar sumiço de pertences de vítimas da Gol na terça

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Apagão Aéreo vai ouvir representantes dos familiares das vítimas do acidente com o avião da Gol na terça-feira (14) para apurar denúncias de que pertences sumiram do local do acidente, ocorrido em 29 de setembro do ano passado.

Os familiares querem saber como objetos pessoais dos mortos --celulares, cartões de crédito e documentos-- foram parar nas mãos de falsários.

Nesse caso, os senadores vão ouvir a presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Vôo 1907, Angelita Marchi, o oficial responsável pela coleta dos pertences no local do acidente e o funcionário da Gol responsável por acompanhar a coleta e guarda dos pertences pessoais das vítimas.

A diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Denise Abreu, foi convidada a dar explicações, na quinta-feira (16), sobre a denúncia de que teria sugerido a transferência da aviação de cargas dos aeroportos de Congonhas (zona sul de São Paulo) e Viracopos (Campinas) para o de Ribeirão Preto (314 km de SP).

A diretora é acusada de defender a transferência para beneficiar a empresa de um amigo que seria administrador do departamento de cargas em Ribeirão.

O brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da Infraero, é o autor da acusação contra a diretora e vai depor no mesmo dia. Na sexta-feira, Denise Abreu ingressou com ação na Justiça do Rio contra Pereira pelo que chamou de "acusações caluniosas".

A comissão também marcou para quinta-feira depoimento do novo presidente da Infraero, Sergio Gaudenzi, que assumiu o cargo com a demissão do brigadeiro Pereira. A CPI investiga denúncias de superfaturamento de obras e irregularidades que teriam sido executadas na estatal que administra os aeroportos nos últimos anos.

Com Agência Brasil

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