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30/06/2001 - 10h21

Rodovias da região de Ribeirão Preto têm 30 pontos de risco

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MARCELO TOLEDO
da Folha Ribeirão

Os 1.150 quilômetros de rodovias concedidas à iniciativa privada na região de Ribeirão Preto (314 km de SP) apresentam pelo menos 30 pontos de risco para o tráfego de veículos. Desses, seis são considerados críticos, de acordo com as próprias concessionárias.

Segundo a Polícia Rodoviária, esses 30 pontos acumulam em média dois terços dos acidentes registrados nas principais dez rodovias sob concessão da região.

A maior parte dos trechos críticos está na Anhanguera -quatro, entre os quilômetros 406 e 430, área da Vianorte.

Além dela, há um trecho problemático na rodovia Candido Portinari, em Brodowski, e outro na José Della Vechia, em Monte Alto. "Não há pontos críticos ao extremo, mas alguns em que a incidência de acidentes é maior, na maioria das vezes por causa da velocidade", afirmou o comandante da Polícia Rodoviária de Ribeirão, Wanderley de Arruda.

Para tentar baixar o número de acidentes e mortes, as concessionárias estão preparando a instalação de radares fotográficos para os pontos de risco.

A região ainda não tem nenhum radar eletrônico em funcionamento. Há apenas um em teste no km 310 do Anel Viário Sul. "Os equipamentos devem ser instalados até o final do mês que vem."

O uso de radares para controlar o tráfego é bem visto pelo docente titular em biogeografia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro Helmut Troppmaier, mas não pode ser, segundo ele, a única solução para o problema das estradas.

Ele sugere que as empresas invistam mais em sinalização adequada e também lembra que ainda há alguns casos de asfalto com qualidade inferior. "O radar é útil para prevenir, mas [o uso] é feito de forma camuflada. As rodovias melhoraram, mas são mal sinalizadas, o que atrapalha muito o tráfego", afirmou o docente.

A informação é contestada pelas concessionárias. Segundo elas, a população tem que estar consciente e dirigir com cuidado.
"Nem tudo está bonito, mas [as placas] estão satisfatoriamente sinalizadas", disse o gerente de operações da concessionária Vianorte, Félix Antônio da Costa.

Entre as alegações da concessionária para o ponto ser considerado crítico, está o fato de a Anhanguera ser vista como uma "reta hipnótica", que pode causar sonolência nos motoristas. Há retas em sua área de concessão de até 20 quilômetros.

A Vianorte tem um projeto de construir áreas para descanso dos usuários da rodovia.

"A estrada foi construída em uma época em que se achava melhor usar retas, mas não é bem assim", afirmou o gerente de operações da concessionária.

Em todo o ano passado, as rodovias concedidas à iniciativa privada da região registraram 184 mortes (contra 231 do ano anterior). O acidente mais grave ocorreu em abril do ano passado, quando sete pessoas morreram em Aramina.

Outro lado>/b>

As quatro concessionárias de rodovias que atuam na região de Ribeirão Preto afirmam estar fazendo o melhor para o conforto dos usuários e estão prevendo obras para reduzir o número de acidentes e mortes.

Autovias, Tebe, Triângulo do Sol e Vianorte alegam que as rodovias melhoraram após a concessão, de três anos para cá, e que os pontos de risco estão sendo reduzidos mês a mês, graças ao trabalho efetuado nas estradas. "Várias curvas estavam erradas e precisaram ser corrigidas. O investimento em área de risco foi feito logo no primeiro ano de concessão", afirmou o assessor de comunicação da Tebe, Luiz Nicolau Baptista.

De acordo com o gerente de operações da Vianorte, Félix Antônio da Costa, a malha viária está boa, e a engenharia da rodovia está ainda melhor. "Grande parte dos acidentes é causada pela imprudência e negligência dos usuários. Há, também, o excesso de velocidade", afirmou.

Segundo Costa, programas de redução de acidentes estão sendo realizados com empresas e polícia para melhorar a situação, além de investimentos em um projeto chamado de "rodovia inteligente", que prevê assessoramento do tráfego, painéis luminosos com mensagens, balanças, câmeras e radares.

"Já identificamos muitos pontos de risco e fomos reduzindo um a um. Agora, temos esses [quatro] na Anhanguera, que também reduziremos. Depois vamos aos outros, que são menos críticos, até terminar com os problemas", afirmou o gerente.

As empresas alegaram também que o contrato firmado com o governo do Estado está sendo cumprido.




 

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