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09/07/2001 - 03h21

TAM entra no azul e atinge topo do mercado

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ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo

O comandante Rolim Amaro tinha dois planos: tirar da Varig o título de maior empresa área do Brasil e consolidar a TAM no seleto grupo de empresas que faturam mais de US$ 1 bilhão por ano. As duas metas foram atingidas. A TAM diz que superou a Varig em maio, ao obter 31% de participação de mercado. E deve fechar o ano com receita de US$ 1,5 bilhão.

A prioridade, agora, é encontrar logo um sucessor. Nesta semana haverá reunião com os seis vice-presidentes para debater o tema. Dois executivos têm chances de ocupar o cargo, segundo a Folha apurou:
Eduardo Falco, vice-presidente comercial e de marketing, e Rubel Thomas, ex-presidente da Varig e que comanda a diretoria de relações internacionais.

Os dois se destacaram na companhia. Falco é o principal estrategista da TAM, homem de confiança de Rolim e foi peça importante na virada da companhia em 2000, quando voltou a ter lucro.

Thomas, que dirigiu a Varig durante anos, comanda há três a área que é o foco de negócios do grupo hoje: a atuação internacional. É experiente e foi com ele na direção que a TAM assinou o maior contrato entre empresas brasileiras no setor de aviação: a encomenda de até US$ 3 bilhões em jatos da Embraer.

Na lista de executivos do grupo ainda há um outro nome cotado por alguns analistas do mercado: Daniel Mandelli Martin, vice-presidente administrativo e cunhado do comandante Rolim Amaro.

Há dúvidas, porém, em relação às suas chances reais de ocupar o posto. Martin é um executivo novo, com 48 anos, e não estaria sendo preparado para o posto, diferentemente de Falco, que está há mais tempo na TAM do que Thomas e Mandelli. A filha de Rolim, Maria Claudia, é diretora de marketing, mas não tem chances.

No azul e nº 1
A decisão do novo nome é uma incógnita, até porque o Conselho de Administração do grupo, onde Martin tem cadeira, influencia diretamente a escolha. Quem ocupar o posto assumirá uma companhia mais saudável que no passado. Em junho de 99, a TAM acumulava prejuízo de R$ 29,5 milhões e hoje está no azul, com lucro de R$ 562 mil em 2000.

Em 99, o faturamento líquido era cerca de R$ 700 milhões e a TAM era a segunda maior empresa aérea do país. Consultorias estimam que ela feche este ano com receita bruta de US$ 1,5 bilhão. Na última semana, Rolim disse que a TAM obteve o primeiro lugar do ranking nacional, atingindo 31% de participação de mercado.

A Varig, por sua vez, tem 29% -isso sem incluir os números da Rio Sul e da Nordeste Linhas Aéreas, empresas do grupo que, juntas, têm 10% do mercado.

Para o grupo, a má notícia são as dívidas. A TAM somava mais de R$ 800 milhões em empréstimos e financiamentos no final de 2000. A desvalorização do Real, em 99, e o preço dos combustíveis, cotados em dólar, elevaram as dívidas das empresas do setor.

Leia mais sobre o acidente que matou o comandante Rolim
 

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