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Kassab visita favela incendiada e é vaiado
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WILLIAN VIEIRA
Colaboração para a Folha de S.Paulo
Um incêndio deixou três pessoas feridas e cerca de 250 desabrigadas ao destruir 70 barracos na favela Jardim Edith, ao lado da avenida Roberto Marinho, na região da Berrini, zona sul de São Paulo. O fogo começou às 9h30 de terça-feira (4) e, às 11h, foi controlado. Segundo os bombeiros, duas crianças sofreram queimaduras leves e uma senhora passou mal.
Ao visitar a favela para anunciar ajuda emergencial --ida a um abrigo provisório e auxílio de R$ 300--, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) foi vaiado por moradores, que cobraram moradias melhores.
"Queremos casa", diziam uns. "Da outra vez, foi a mesma coisa", gritavam outros, em referência à visita de José Serra, então prefeito, em 2005.
O início do incêndio, de causas desconhecidas, foi em um dos barracos do "beco" --como os moradores chamam o centro da favela, que já sofreu, segundo eles, outros quatro incêndios. "É sempre no beco que começa, lá tem gambiarra [fios emaranhados]", diz a doméstica Josefa da Conceição Amorim, 53. Ela estava no barraco onde mora quando viu as chamas tomarem conta do lugar.
A Subprefeitura da Sé disse só saber de um outro incêndio, em abril de 2005, quando foram queimados cerca de 70 barracos. A causa foi um curto-circuito nas fiações irregulares.
A dona-de-casa Maria do Carmo Silva, 47, moradora da favela há 30 anos, conta que teve de reconstruir o barraco quatro vezes, devido ao fogo.
Por 12 anos morando em uma casa a cem metros da favela, o empresário Ramón Bernadas, 60, diz que dá medo de morar no local. "Já vi muito incêndio aqui. A prefeitura vem, diz que vai acabar com a favela, mas nunca faz nada", reclama.
Orlando de Almeida, secretário da Habitação, disse que a prefeitura pretende, em um ano, transformar a favela em uma praça. Segundo ele, cerca de 600 pessoas moram na área.
Colaborou o Agora
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