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10/07/2001
-
17h30
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
Em greve há sete dias, policiais militares que trabalham em Salvador ocuparam nesta tarde mais um batalhão, o 18º, que dá segurança ao centro histórico da capital baiana. Os grevistas controlam 4 dos 7 batalhões localizados na região metropolitana de Salvador.
Segundo a PM, dos 2.324 policiais escalados para trabalhar hoje em Salvador, 1.480 foram às ruas. A Associação de Cabos e Soldados informou que apenas 126 soldados trabalharam normalmente.
Já entre os civis, dos 3.600 apenas 250 trabalharam ontem, de acordo com o sindicato da categoria. A Secretaria da Segurança Pública informou que a adesão à greve entre os civis atinge 20% da categoria. A polícia baiana conta com 24.400 PMs e 3.600 policiais civis.
Anteontem, o juiz Eduardo Carvalho concedeu uma liminar ao governo estadual determinando a imediata reintegração de posse em todos os quartéis (5º, 8º,16º e, agora, o 18º) ocupados pelos rebelados da PM. De acordo com a liminar, o governo pode requisitar a força para cumprir a determinação judicial.
Temendo um confronto entre os próprios policiais (os PMs aquartelados estão armados), o governador César Borges voltou a afirmar que prefere dialogar com os grevistas.
Anteontem, o Exército se ofereceu para realizar a segurança na capital baiana durante o movimento, mas Borges também não aceitou o pedido do comandante da 6ª Região Militar, general Barros Moreira.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Bahia, Agnaldo Pinto, disse ontem que os aquartelados não vão cumprir a determinação do juiz Eduardo Carvalho. "O que nós queremos é abertura de um canal de negociação."
Os grevistas reivindicam piso salarial de R$ 1.200, a reintegração de 68 militares exonerados e a libertação de dois líderes do movimento que estão presos.
O governo estadual oferece um reajuste de 14% e admite aumentar o percentual, desde que a greve seja suspensa.
Ontem, mais 150 policiais que trabalham no interior chegaram à capital baiana. De acordo com a assessoria de imprensa da PM, os militares vão trabalhar nas ruas.
A greve dos policiais civis e militares também ganhou a adesão dos delegados. Anteontem à noite, a categoria decidiu apoiar o movimento e suspendeu as suas atividades.
"Nenhuma delegacia de Salvador está funcionando", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia, Crispiniano Daltro.
Com as gratificações, um policial civil baiano recebe cerca de R$ 600 por mês. Já um soldado PM ganha R$ 450, incluindo as gratificações.
PMs ocupam mais um batalhão e agravam crise policial na Bahia
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da Agência Folha, em Salvador
Em greve há sete dias, policiais militares que trabalham em Salvador ocuparam nesta tarde mais um batalhão, o 18º, que dá segurança ao centro histórico da capital baiana. Os grevistas controlam 4 dos 7 batalhões localizados na região metropolitana de Salvador.
Segundo a PM, dos 2.324 policiais escalados para trabalhar hoje em Salvador, 1.480 foram às ruas. A Associação de Cabos e Soldados informou que apenas 126 soldados trabalharam normalmente.
Já entre os civis, dos 3.600 apenas 250 trabalharam ontem, de acordo com o sindicato da categoria. A Secretaria da Segurança Pública informou que a adesão à greve entre os civis atinge 20% da categoria. A polícia baiana conta com 24.400 PMs e 3.600 policiais civis.
Anteontem, o juiz Eduardo Carvalho concedeu uma liminar ao governo estadual determinando a imediata reintegração de posse em todos os quartéis (5º, 8º,16º e, agora, o 18º) ocupados pelos rebelados da PM. De acordo com a liminar, o governo pode requisitar a força para cumprir a determinação judicial.
Temendo um confronto entre os próprios policiais (os PMs aquartelados estão armados), o governador César Borges voltou a afirmar que prefere dialogar com os grevistas.
Anteontem, o Exército se ofereceu para realizar a segurança na capital baiana durante o movimento, mas Borges também não aceitou o pedido do comandante da 6ª Região Militar, general Barros Moreira.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Bahia, Agnaldo Pinto, disse ontem que os aquartelados não vão cumprir a determinação do juiz Eduardo Carvalho. "O que nós queremos é abertura de um canal de negociação."
Os grevistas reivindicam piso salarial de R$ 1.200, a reintegração de 68 militares exonerados e a libertação de dois líderes do movimento que estão presos.
O governo estadual oferece um reajuste de 14% e admite aumentar o percentual, desde que a greve seja suspensa.
Ontem, mais 150 policiais que trabalham no interior chegaram à capital baiana. De acordo com a assessoria de imprensa da PM, os militares vão trabalhar nas ruas.
A greve dos policiais civis e militares também ganhou a adesão dos delegados. Anteontem à noite, a categoria decidiu apoiar o movimento e suspendeu as suas atividades.
"Nenhuma delegacia de Salvador está funcionando", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia, Crispiniano Daltro.
Com as gratificações, um policial civil baiano recebe cerca de R$ 600 por mês. Já um soldado PM ganha R$ 450, incluindo as gratificações.
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