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10/07/2001
-
19h44
RICARDO FELTRIN
Editor de Cotidiano da Folha Online
Com o túnel descoberto nesta terça-feira já chega a 30 o número de "obras" descobertas em três anos nos 200 mil metros quadrados da Casa de Detenção. A informação é do próprio secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa.
Já é lugar-comum dizer que o subsolo em volta dos 200 mil metros quadrados do Carandiru se tornou um queijo suíço.
O túnel descoberto nesta terça-feira saía do centro médico do presídio; o de domingo abriu caminho próximo à muralha, numa tenda usada pelos presos para "encontros íntimos"; cerca de dois meses atrás, a polícia descobriu e parou a construção de outro que, feito de fora para dentro, entraria diretamente em uma cela _comodidade total para os fugitivos.
Se quase sempre há uma luz no fim dos túneis cavados pelos presos, não se pode dizer o mesmo sobre o governo estadual, que até agora se mostra impotente diante da "engenharia" presidiária.
Não são só moradores da zona norte de São Paulo (principalmente), onde fica o Carandiru, que vivem em estado de pânico permanente com as fugas. Quando centenas de criminosos escapam, é toda a cidade que se apavora, e não as redondezas.
Na festa do 9 de Julho, o governador Geraldo Alckmin voltou a falar em fechar de vez o complexo do Carandiru e transferir os presos para outros locais (que ainda serão ou estão sendo construídos).
O problema é que essa história é velhíssima: políticos paulistas já falam sobre isso há mais de 10 anos. Se segurança for mesmo prioridade, como este governo repete feito um moto-contínuo, está na mais que na hora de passar à prática.
Em três anos, polícia encontra 30 túneis no "queijo suiço" do Carandiru
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Editor de Cotidiano da Folha Online
Com o túnel descoberto nesta terça-feira já chega a 30 o número de "obras" descobertas em três anos nos 200 mil metros quadrados da Casa de Detenção. A informação é do próprio secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa.
Já é lugar-comum dizer que o subsolo em volta dos 200 mil metros quadrados do Carandiru se tornou um queijo suíço.
O túnel descoberto nesta terça-feira saía do centro médico do presídio; o de domingo abriu caminho próximo à muralha, numa tenda usada pelos presos para "encontros íntimos"; cerca de dois meses atrás, a polícia descobriu e parou a construção de outro que, feito de fora para dentro, entraria diretamente em uma cela _comodidade total para os fugitivos.
Se quase sempre há uma luz no fim dos túneis cavados pelos presos, não se pode dizer o mesmo sobre o governo estadual, que até agora se mostra impotente diante da "engenharia" presidiária.
Não são só moradores da zona norte de São Paulo (principalmente), onde fica o Carandiru, que vivem em estado de pânico permanente com as fugas. Quando centenas de criminosos escapam, é toda a cidade que se apavora, e não as redondezas.
Na festa do 9 de Julho, o governador Geraldo Alckmin voltou a falar em fechar de vez o complexo do Carandiru e transferir os presos para outros locais (que ainda serão ou estão sendo construídos).
O problema é que essa história é velhíssima: políticos paulistas já falam sobre isso há mais de 10 anos. Se segurança for mesmo prioridade, como este governo repete feito um moto-contínuo, está na mais que na hora de passar à prática.
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