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15/07/2001 - 21h39

Rebelião de presos em cadeia de Capivari teve 70 reféns

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da Agência Folha, em Campinas

Os 131 presos da Cadeia de Capivari (SP) fizeram cerca de 70 parentes reféns em uma rebelião que durou quatro horas, hoje. Segundo a polícia, os presos se rebelaram após uma tentativa frustrada de fuga. Ninguém ficou ferido. A cadeia tem capacidade para abrigar 32 detentos.

Essa foi a terceira rebelião em cadeias da região em 12 dias. As rebeliões anteriores ocorreram nas cadeias de Jundiaí e Mogi Mirim.

Segundo a Polícia Militar, os presos da Cadeia de Capivari (135 km de SP) planejavam fugir na hora da visita -das 7h às 16h. Nesse horário, o prédio fica cheio. Com isso, a movimentação dos presos é facilitada.

A situação foi controlada no início do motim, por volta das 12h, segundo a polícia.

No entanto as negociações para a liberação dos reféns duraram cerca de quatro horas. Os parentes dos presos e visitantes só começaram a ser liberados às 16h.

Entre os detentos há acusados de assalto à mão armada e roubo a bancos. De acordo com a Polícia Militar, não houve fugas.

A revista e a recontagem dos presos foram realizadas hoje à tarde, depois da liberação dos reféns no pátio da cadeia. Até o final da tarde de hoje, a polícia não tinha encontrado armas nas celas.

Segundo a polícia, a rebelião começou por volta das 12h de hoje, durante o período de visitas, quando um dos quatro carcereiros que trabalhavam no local descobriu um buraco na parede da cadeia, feito pelos presos.

O buraco, de 60 centímetros de diâmetro, foi aberto na parede do fundo do corredor e dava acesso direto à rua.

Segundo a polícia, se o buraco não tivesse sido descoberto a tempo, a fuga seria fácil, pois o muro do prédio tem apenas um metro e meio de altura. A cadeia fica no centro da cidade.

De acordo com a polícia, os presos também já haviam serrado um cadeado que separa o corredor da frente das celas de outro que dá acesso aos fundos do prédio, onde estava o buraco. O buraco foi cavado durante a noite de ontem.

Com a descoberta do plano de fuga, a Polícia Militar cercou a cadeia. As visitas foram canceladas.

A suspensão das visitas deixou os presos ainda mais agitados, mas eles aceitaram negociar e libertaram os reféns sem exigências, segundo a polícia. O delegado-seccional-adjunto de Piracicaba, Virgílio Camanti, esteve no local para negociar a liberação das visitas.
 

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