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17/07/2001
-
20h03
da Agência Folha, em Salvador
O comando da greve dos policiais civis e militares da Bahia anunciou nesta terça-feira, à noite, que a paralisação, de 13 dias, estava encerrada. Uma assembléia amanhã às 14h, vai ratificar ou não a volta às ruas.
Os policiais saem da greve, que levou o Exército às ruas para coibir assassinatos, saques e assaltos na sexta passada, sem ganhar nada e adiando o debate para o final do ano. Até hoje, 37 pessoas haviam morrido na cidade, 126 haviam sido feridos a bala, 80 estabelecimentos foram saqueados. Os prejuízos para o comércio somou pelo menos R$ 10 milhões.
Durante a tarde, os líderes do movimento haviam aceitado a proposta apresentada pelo secretário da Fazenda, Albérico Mascarenhas, de um reajuste escalonado de 21%, mas queriam também um aumento de 33% sobre as gratificações.
"Chegamos ao limite e não vamos aceitar mais nenhuma proposta de aumento salarial por parte dos grevistas", disse Mascarenhas.
Às 18h30, em assembléia, o "racha" entre os grevistas ficou mais explícito. "Temos o dever moral de voltar ao trabalho imediatamente. Nosso movimento já é vitorioso", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado, Crispiniano Daltro, um dos líderes da greve.
Até então, o sargento Isidório Santana, outro líder da paralisação, defendia a manutenção da greve. "Se o governo não conceder o aumento de 33% sobre as gratificações, não devemos aceitar nada", disse o PM, que ficou 14 dias preso, sob a acusação de insubordinação durante a greve.
Às 19h40, porém Santana unificou o discurso com Daltro. Ambos concordaram na volta ao trabalho, mas sem aceitar a proposta do governo.
Agora, os policiais dão um prazo para o governo até o próximo dia 31 de dezembro para que todas as reivindicações da categoria sejam atendidas.
"Caso contrário, acho que devemos paralisar as atividades durante os festejos do final de ano e Carnaval", disse, citando as épocas de maior movimento no turismo do Estado.
Para colocar fim à greve, o governo baiano voltou a recuar e antecipou as datas para o reajuste salarial dos policiais. Inicialmente, os PMs receberiam 10% de aumento em agosto, 5% em maio e mais 5% em julho.
"Agora, vamos manter os 10% em agosto, 5% em janeiro e mais 5% em março do próximo ano", disse o secretário Mascarenhas. O primeiro reajuste vai incidir sobre o salário-base (R$ 180) e os demais, sobre os valores da época.
Além do reajuste, o governo também se comprometeu a pagar R$ 80 de auxílio-alimentação para os 11.253 policiais que trabalham em Salvador e isentar a categoria do pagamento mensal de R$ 19,80 relativo à farda.
Pelos cálculos do governo, a partir de março do ano que vem a menor remuneração paga a um soldado no estado será de R$ 764 _atualmente, é de R$ 501.
A violência no Estado diminuiu nesta terça-feira. Em Salvador, durante todo o dia, blindados do Exército e alguns carros da Polícia Militar fizeram o patrulhamento no centro e orla da capital baiana. Não houve policiamento nos bairros periféricos.
No final da tarde, um menor acusado de roubar US$ 200 de um turista argentino, no Pelourinho (centro histórico), foi cercado por três soldados do Exército. Preso, o menor foi levado para a Delegacia de Proteção ao Turista, que também funciona no centro histórico.
Policiais civis e militares encerram greve na Bahia
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O comando da greve dos policiais civis e militares da Bahia anunciou nesta terça-feira, à noite, que a paralisação, de 13 dias, estava encerrada. Uma assembléia amanhã às 14h, vai ratificar ou não a volta às ruas.
Os policiais saem da greve, que levou o Exército às ruas para coibir assassinatos, saques e assaltos na sexta passada, sem ganhar nada e adiando o debate para o final do ano. Até hoje, 37 pessoas haviam morrido na cidade, 126 haviam sido feridos a bala, 80 estabelecimentos foram saqueados. Os prejuízos para o comércio somou pelo menos R$ 10 milhões.
Durante a tarde, os líderes do movimento haviam aceitado a proposta apresentada pelo secretário da Fazenda, Albérico Mascarenhas, de um reajuste escalonado de 21%, mas queriam também um aumento de 33% sobre as gratificações.
"Chegamos ao limite e não vamos aceitar mais nenhuma proposta de aumento salarial por parte dos grevistas", disse Mascarenhas.
Às 18h30, em assembléia, o "racha" entre os grevistas ficou mais explícito. "Temos o dever moral de voltar ao trabalho imediatamente. Nosso movimento já é vitorioso", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado, Crispiniano Daltro, um dos líderes da greve.
Até então, o sargento Isidório Santana, outro líder da paralisação, defendia a manutenção da greve. "Se o governo não conceder o aumento de 33% sobre as gratificações, não devemos aceitar nada", disse o PM, que ficou 14 dias preso, sob a acusação de insubordinação durante a greve.
Às 19h40, porém Santana unificou o discurso com Daltro. Ambos concordaram na volta ao trabalho, mas sem aceitar a proposta do governo.
Agora, os policiais dão um prazo para o governo até o próximo dia 31 de dezembro para que todas as reivindicações da categoria sejam atendidas.
"Caso contrário, acho que devemos paralisar as atividades durante os festejos do final de ano e Carnaval", disse, citando as épocas de maior movimento no turismo do Estado.
Para colocar fim à greve, o governo baiano voltou a recuar e antecipou as datas para o reajuste salarial dos policiais. Inicialmente, os PMs receberiam 10% de aumento em agosto, 5% em maio e mais 5% em julho.
"Agora, vamos manter os 10% em agosto, 5% em janeiro e mais 5% em março do próximo ano", disse o secretário Mascarenhas. O primeiro reajuste vai incidir sobre o salário-base (R$ 180) e os demais, sobre os valores da época.
Além do reajuste, o governo também se comprometeu a pagar R$ 80 de auxílio-alimentação para os 11.253 policiais que trabalham em Salvador e isentar a categoria do pagamento mensal de R$ 19,80 relativo à farda.
Pelos cálculos do governo, a partir de março do ano que vem a menor remuneração paga a um soldado no estado será de R$ 764 _atualmente, é de R$ 501.
A violência no Estado diminuiu nesta terça-feira. Em Salvador, durante todo o dia, blindados do Exército e alguns carros da Polícia Militar fizeram o patrulhamento no centro e orla da capital baiana. Não houve policiamento nos bairros periféricos.
No final da tarde, um menor acusado de roubar US$ 200 de um turista argentino, no Pelourinho (centro histórico), foi cercado por três soldados do Exército. Preso, o menor foi levado para a Delegacia de Proteção ao Turista, que também funciona no centro histórico.
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