Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/06/2000 - 18h51

SP vai "encher" estradas estaduais de radares fotográficos

Publicidade

da Folha de S.Paulo

O governo de São Paulo irá criar uma rede de radares fotográficos móveis para fiscalizar os motoristas nas estradas estaduais. Quem exceder o limite de velocidade será fotografado e receberá a multa em casa, pelo correio.

Nesta terça-feira, o secretário dos Transportes, Michael Zeitlin, anunciou que em 30 dias será aberta licitação para contratar as empresas que irão operar os aparelhos.

O número de radares ainda será divulgado pela secretaria. Cada uma das 12 concessionárias de rodovias tem uma cota de equipamentos para fornecer à Polícia Rodoviária estadual.

São Paulo será dividido em oito regiões de exploração e, segundo o secretário, as empresas vencedoras não terão direito à comissão sobre as multas aplicadas. "Ninguém será sócio das multas ou do valor arrecadado", afirmou.

A secretaria pretende colocar todos os radares em funcionamento até o final deste ano.

As operadoras dos radares estarão subordinadas ao DER (Departamento de Estradas de Rodagem). "Eu prevejo que seremos acusados de criar uma indústria de multas, mas temos de mudar os hábitos dos motoristas nas estradas ou vamos continuar a ter 200 mortes por mês."

No ano passado, a Polícia Rodoviária aplicou 67.812 multas por excesso de velocidade nas rodovias paulistas. O dado é subdimensionado porque não houve fiscalização durante cinco meses em razão da falta de radares fotográficos, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro.

Em 98, foram feitas 174.543 autuações desse tipo em São Paulo. O valor da multa, pela nova lei, varia de R$ 170 a R$ 500.

Em junho do ano passado, a polícia voltou a autuar os motoristas usando radares convencionais _que marcam apenas a velocidade. Isso aconteceu por determinação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que adiou até julho deste ano a entrada em vigor da exigência dos radares fotográficos. A polícia acredita que a portaria será prorrogada pelo menos até o final do ano.

Bloqueios

Zeitlin disse também que o governo estuda a implantação de praças de pedágio-bloqueio para impedir a fuga dos motoristas que não querem pagar a tarifa quilométrica fixada pelo governo.

As regiões de Sumaré e Luís Antônio, no interior do Estado, estão na lista de locais sob análise. Essas cidades estão no meio da rota de fuga dos pedágios das rodovias Anhanguera, Bandeirantes e Antônio Machado Sant'Anna.

"A intenção é induzir o motorista a voltar para o circuito", disse José Vitor Soalheiro Couto, coordenador-geral da Comissão de Concessão.
O valor dessas novas praças deve ser igual ao das rodovias administradas pelas concessionárias e acima dos padrões de tarifa quilométrica estadual.

A idéia da Comissão de Concessões é utilizar esse faturamento extra no reequilíbrio do contrato de 20 anos. Segundo Couto, obras previstas no contrato poderiam ser adiantadas, por exemplo.

Uma das justificativas do governo para a criação dos pedágios-bloqueios é reduzir o tráfego de veículos pesados nas cidades de pequeno porte que estão nas rotas de fuga e o desgaste das vias secundárias _não projetadas para o trânsito intenso.

Prefeituras já usam pedágios, inclusive em estradas de terra, para conter a fuga. A região de Ribeirão Preto, até dezembro, terá 15 praças de cobrança municipais.

Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online

Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página