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24/07/2001 - 21h23

Presidente repassa verbas menores de estradas para Estados

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da Folha Online
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou nesta terça-feira no programa de rádio "Palavra do Presidente" que o governo federal vai repassar em agosto R$ 180 milhões para 18 Estados recuperarem os trechos mais críticos das rodovias federais. O valor é inferior aos R$ 2 bilhões por ano necessários para recuperar e manter a malha rodoviária federal.

Segundo a CNT (Confederação Nacional do Transporte), o setor necessitaria dos R$ 2 bilhões. Pesquisa feita pela entidade no ano passado em 43 mil km de rodovias mostrou que 80,3% estavam em estado ruim ou péssimo, no que se refere à pavimentação, sinalização e engenharia.

"A situação das rodovias é crítica", reconheceu o presidente. "Eu quero pedir um pouco mais de paciência aos motoristas que dependem das rodovias para viver", disse.

A CNT informou que o governo federal pretende apenas tapar buracos e não propriamente fazer a recuperação de estradas. Segundo a entidade, esse programa atual prevê gastos de apenas R$ 35 mil por km, quando o próprio DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) fixa o valor de R$ 150 mil por km.

A última edição da revista da CNT dedica dez páginas à precariedade das rodovias federais. Intitulada "Festival de crateras", a reportagem mostra trechos intransitáveis de diversas rodovias e os problemas causados aos motoristas, inclusive a perda de cargas.

FHC assumiu parte da responsabilidade pela depreciação da malha rodoviária. "Em 88, cometemos [os congressistas] a imprudência de acabar com o Fundo Nacional de Transportes. Era uma fonte garantida e exclusiva de recursos, que mantinha as estradas em boas condições", afirmou.

O presidente da CNT, Clésio Andrade, afirmou que, já que o fundo foi extinto, o governo deveria ter destinado recursos orçamentários para esse setor.

Segundo FHC, em parte a depreciação das rodovias foi provocada pelo aumento da malha rodoviária. Ele disse que as rodovias federais somavam 24 mil km em 75, subindo para 56 mil km hoje. Afirmou também que as estradas federais brasileiras têm hoje, em média, 25 anos de construção, apesar de sua vida útil ser de 12 a 15 anos.

São Paulo
O governador Geraldo Alckmin vistoria amanhã as obras de duplicação da rodovia Fernão Dias, que entram na sua fase final.

Dos 90 quilômetros a serem duplicados no trecho paulista até a divisa com Minas Gerais, 66 quilômetros já estão concluídos.

Nos outros 24 quilômetros restam terminar os trevos de Mairiporã, de Bragança Paulista, de Piracaia e do bairro do Tanque, em Atibaia, passarelas, um viaduto, três quilômetros de pavimentação da duplicação entre a serra e os túneis e mais dois quilômetros de duplicação, além de pátio de estacionamento de produtos perigosos e serviços relacionados ao meio ambiente.

As obras, que ficaram paralisadas, foram retomadas neste mês de julho.

Desde o início da duplicação, já foram investidos R$ 300 milhões, sendo 50% do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), 25% da União e 25% do Governo do Estado. Para a conclusão dos trabalhos são necessários mais R$ 45 milhões.
 

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