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16/10/2007 - 20h53

Delegados e PMs suspeitos de ligação com Comendador são presos em MT

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HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

O ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 56, o Comendador Arcanjo, foi transferido nesta terça-feira de Cuiabá (MT) para o presídio federal de Campo Grande (MS) durante operação contra o jogo do bicho que resultou nas prisões, em Mato Grosso, de dois delegados da Polícia Civil e de sete policiais, entre militares e civis.

Segundo o Ministério Público Estadual, que pediu a transferência de Arcanjo, ele comandava o jogo do bicho de dentro do presídio estadual Pascoal Ramos, onde estava preso desde março de 2006.

Para manter o jogo funcionando, Arcanjo, dono de fortuna estimada em R$ 400 milhões, pagava propina aos policiais presos hoje, aponta a Promotoria.

O genro de Arcanjo, Giovanni Zem Rodrigues, que seria o contato do comendador com os bicheiros, também foi preso na operação.

Os delegados da Polícia Civil Richard Damaceno, de Sinop (MT), e Helena Ylouise, de Cláudia (MT), foram presos junto com cinco policiais militares militares e dois civis. Foram 15 prisões ao todo --duas pessoas continuavam foragidas até o fim da tarde.

O secretário-adjunto da Justiça de Mato Grosso, Carlos Santana, que viajou hoje no mesmo avião com Arcanjo para Campo Grande, disse que advogados levavam as ordens do "comendador" aos bicheiros.

Arcanjo foi levado a Campo Grande em um avião bimotor alugado pelo governo de Mato Grosso.

Santana afirmou ainda que "inúmeros advogados" podiam ter acesso diariamente a Arcanjo, mas que apenas quatro parentes do "comendador" estavam autorizados a visitá-lo aos sábados.

Arcanjo foi condenado pela Justiça Federal a 37 anos de prisão em dezembro de 2003 por comandar o crime organizado, lavar dinheiro e cometer crime contra o sistema financeiro.

Acusado de outros crimes, Arcanjo teve mais três mandados de prisão expedidos contra ele hoje, por exploração de jogo de azar, corrupção ativa e formação de quadrilha.

Ele foi denunciado também sob acusação de homicídios, como o do empresário Domingos Sávio Brandão, dono do jornal "Folha do Estado" de Cuiabá, morto a tiros em 2002.

Os celulares do advogado Zaid Arbid, que defende Arcanjo, estavam desligados hoje. A Folha não localizou os defensores dos delegados acusados e do genro do "comendador".

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